As crónicas do Lynx

Uma colecção de pequenas crónicas dedicadas a uma grande paixão de sempre: Viver essa maravilhosa aventura que é o dia-a-dia!

sábado, maio 27, 2023

Um objectivo antigo

26 de Maio de 2023. Acordei, fui levar a CK à escola. Preparei a minha mochila de BTT (com tão pouco uso nos últimos anos), apenas com água, uma banana e o telefone. E parti.


A direção era um sonho antigo - tão modesto que alguns se poderão rir. Ir de casa até Lisboa, ao Terreiro do Paço, de bicicleta e voltar. E, neste dia de Primavera de temperatura amena e um pouco nublado, aí fui eu!


A viagem foi tranquila - o grande susto foi um miúdo que, na Parede, atravessou a estrada à minha frente sem olhar e me levou a travar a fundo. Tantos quilómetros pela frente e seria logo ali, no início, e num percurso que faço tão frequentemente, que acontecia o momento de maior frisson da viagem! 


Mas fez-se bem. A maioria do percurso pelas ciclovias marítimas (na verdade, ribeirinhas) de Oeiras e junto ao Tejo em Lisboa. Com pouca gente pelo caminho, sempre cordiais, devorei quilómetros com cuidado - mas devorei-os! A média foi boa - 3h07min para 54,9 ks, 17,6 km/h, não é mau para uma BTT.


Gostei do passeio, soube bem, foi uma pequena aventura quase caseira que me refrescou a alma - que bem precisada estava. Percorri segmentos novos num percurso diferente. Fiz a ligação entre os Passeios Marítimos de Paço d'Arcos e de Caxias pelo passeio, sem ciclovias, mas de forma bastante tranquila, praticamente sem pessoas pela frente. Percorri de bicicleta a ciclovia entre Algés e o Cais do Sodré pela primeira vez, recordando os tempos em que por lá corria e os passeios a pé que lá faço com a JK e a CK.


Apenas três momentos ou locais de reparo:

- a ciclovia junto ao Caís do Sodré é... manhosa... com empedrado de pedras largas e salientes comidas pelo sal que a maré alta lá deposita;

- entre o Caís do Sodré e o Terreiro do Paço não existe ciclovia - pelo menos, nada que remotamente justifique esse nome - e não se percebe porquê;

- e... bom... a sair do passeio que une Algés à Cruz Quebrada pelo rio, estreito mas perfeitamente utilizável, há um momento em que se passa por baixo da ponte ferroviária, uma curva a descer que depois sobe. Um troço com alguma terra na ciclovia, que eu fiz demasiado depressa. A verdade é que estive muito perto de me estatelar nessa curva - e por minha culpa. 


Mas, enfim - cheguei bem a casa. E com um sorriso de quem cumpriu um sonho antigo. ;)