As crónicas do Lynx

Uma colecção de pequenas crónicas dedicadas a uma grande paixão de sempre: Viver essa maravilhosa aventura que é o dia-a-dia!

domingo, janeiro 11, 2009

Sábado, 10 de Janeiro









Estava um bocadinho de frio a mais para ir correr de calções pela praia... e apetecia-me montanha e floresta... e nada de carros!

Se é verdade que os automóveis revolucionaram o Mundo em que vivemos (viva o transporte individual para longas distâncias!!!), também é verdade que tiram o prazer do contacto directo, dos cheiros e ventos da natureza, do som dos pássaros, da sensação de pisar diversos tipos de terreno, da descoberta de que cada metro pode ser diferente do anterior. E, se tens um pequeno paraíso sob a forma de uma montanha às portas de casa, porque razão a deves percorrer de carro e não a pé?






Por isso, no Sábado, às 10h da manhã (queria que tivesse sido mais cedo, mas, como não pus o despertador...), estacionei o carro na entrada principal do Campo da Pedra Amarela, agarrei na mochila de montanha, vesti o buff no pescoço (sim, é o meu ponto fraco para constipações), abri o mapa (fotografias aéreas do Google Earth), liguei o clássico Geko e pus-me a caminho da primeira cache do dia. A Diamond Age.






Fugi do alcatrão o mais rapidamente que pude, e vi-me num estradão que não conhecia, na encosta Sul de Sintra, que me levou por pinhais frondosos, com um céu azul e frio sobre a minha cabeça e um sorriso na cara, até próximo da cache. Depois de uma semana de reuniões, estratégias, campanhas, budgets, era mesmo disto que eu precisava. De estar na 'minha' serra, com a mochila às costas e o GPS na mão - perfeito!!!








As caches foram rapidamente descobertas, nenhuma me levantou problemas de maior. E, nesta manhã de Sol frio, descobri que não é mesmo necessário carro para percorrer Sintra - em pouco mais de 2 horas, fiz 7,5 quilometros e 4 caches, com um bocadinho de 'todo-o-terreno' pedestre pelo meio (sim, inventei um caminho e depois tive que ir a corta-mato, tenho as pernas todas as arranhadas). E pude ir a sítios onde nunca tinha estado, como a omni-presente torre de vigia da Pedra Amarela (que eu tenho a certeza que me reconheceu, de tantas vezes me ter visto lá em baixo) ou um miradouro desconhecido na estrada para a selada dos Capuchos. Enfim, um dia de montanha, ligeiro, mas excelente e revigorante!