As crónicas do Lynx

Uma colecção de pequenas crónicas dedicadas a uma grande paixão de sempre: Viver essa maravilhosa aventura que é o dia-a-dia!

domingo, junho 28, 2009

Cântaro Gordo


Já o tínhamos tentado subir 2 vezes. Na primeira ainda chegámos a andar 100 metros, até sermos obrigados a voltar para trás, por um nevão súbito no final de Abril. Voltámos no ano seguinte, em Maio, para tentarmos a subida, mas nem chegámos ao local de estacionamento - um nevão impediu-nos o acesso ao maciço central...

Por isso, desta vez, fomos em Junho! E apanhámos com um dia com temperaturas de 30º e Sol...

O caminho para o início da subida é longo e, apesar de paulatinamente irmos ganhando cota, só nos apercebemos disso verdadeiramente no último monte que temos que subir até à Lagoa dos Cântaros - um magnífico lago, alimentado pelo degelo e pela água que escorre dos contrafortes da Serra, pleno de fauna e dominado pela visão do Cântaro Gordo, na sua extremidade mais distante. Um pouco desviado, as cristas levam-nos até ao Cântaro Magro, para lá dos covões da Ametade e Cimeiro. Do outro lado, o Vale da Candeeira, com as suas manchas verdes e castanhas e a sua água abundante, que escorre em cascata para o vale glaciar do Zêzere. E, nas nossas costas, esse vale gigantesco, correndo até Manteigas. Estar nas margens desta lagoa é uma sensação de solidão e de imensidão, dominada por uma paisagem fascinante.

Depois de uma pausa (para descobrir a primeira cache e resolver as perguntas que nos levariam à segunda), iniciámos a subida pela crista do lado direito. Uma subida mais suave do que se fossemos a direito (o que só seria possível com equipamento de escalada e bastante experiência), mas, mesmo assim, o início dos declives fortes, com grandes rochedos a contornar ou a subir - mas nada de especialmente complicado, diga-se. É de uma das curvas deste caminho que se tem uma visão fabulosa sobre a Lagoa dos Cântaros - aconselho-vos fortemente a descobrir onde e a puxarem da máquina fotográfica.

A seguir, atravessa-se para o cântaro propriamente dito - um penedo gigantesco mesmo no coração da serra! Do lado por onde o atacámos, a ascensão é possível como um trek normal - mas curto, só que com uma forte pendente! De qualquer forma, com uma boa condição física, é fazível sem grandes complicações até lá acima. Depois, foi só subirmos mais umas quantas rochas no topo e... cume!!!


É aconselhável levarem um grande grupo de amigos como nós fizémos! A experiência tem muito mais sabor! E gozem a experiência de cume! Vale pela vista e emoção...

1 Comments:

At 10:45 da tarde, Blogger Ricardo said...

Na realidade, pelo menos uma destas fotos não é minha, mas sim do pessoal que estava comigo.

Obrigado pelos comentários.

 

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