Voluntário no Parque da Pena
Na altura não tive consciência do que tinha acontecido. Vindo do Chile nessa noite, a única consequência para mim foi ter o avião desviado para Faro. Não me apercebi do que tinha acontecido, do que a tempestade desse fim-de-semana tinha provocado. As notícias foram chegando depois - notícias de destruição, de falta de electricidade em cidades, de inundações, de árvores arrancadas. 2500 em Sintra, diziam, o Bussaco fortemente atingido, também. E, aos poucos, começaram a chegar os pedidos de ajuda, de voluntários, de auxílio por parte dessa imensa massa anónima, mas sempre tão importante - porque quem ama um sítio nunca o deixa ficar mal quando ele mais precisa.
Por isso, ontem à tarde, lá estive à porta do Portão dos Lagos, como voluntário para ajudar à limpeza de uma encosta no Parque da Pena - ajudar a recolher troncos e ramos de várias dimensões, desimpedir passagens de água e caminhos. Foram 3 horas de trabalho bem intensas, mas que valeram a pena. Foi doloroso perceber como toda uma encosta ficou destruída, despida das suas originais árvores de grande porte - e reconfortante perceber como tanta, e tanta gente acudiu, gente tão diferente, motards, reformados, miúdos, surfistas, orientistas, geocachers, "tias", que, veio, ofereceu parte do seu fim-de-semana, meteu mãos à obra e, no final, pode olhar para trás e dizer "o Parque da Pena ficou um pouco melhor porque eu estive aqui". Orgulho-me de me contar entre esse número!
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