As crónicas do Lynx

Uma colecção de pequenas crónicas dedicadas a uma grande paixão de sempre: Viver essa maravilhosa aventura que é o dia-a-dia!

terça-feira, novembro 12, 2013

Sobre sapatilhas e a sua duração

Foi durante o meu treino mais longo dos últimos meses que comecei a sentir que algo não estava bem. Estava a correr 16ks, e comecei a sentir uma dorzinha no joelho por volta do quilómetro 14. Mais forte e diferente do que o habitual. “Não bom”, como costumo dizer.

Os treinos que realizei nos dias a seguir confirmaram os meus receios – e, acabaram por, muitos deles, serem mais pequenos testes para perceber o que se passava. Acabei por realizar corridas curtas, com menos de 6 ks e com alguma dor – e não valia a pena forçar, aprendi isso há muito tempo. Por isso, decidi parar por uns tempos, com um ou outro pequeno teste pelo meio, ao mesmo tempo que voltava a fazer os meus exercícios de pesos para fortalecimento do joelho.

E fiz também o mais importante. Mudei de ténis no último teste que fiz. Usei as sapatilhas de “emergência” que comprei em Chicago há alguns anos atrás, quando me perderam a mala e queria correr na neve. Têm poucos quilómetros e são bem confortáveis – e acabaram por me elucidar sobre o que aconteceu para a minha lesão crónica ter voltado a aparecer.

A verdade é que todas as sapatilhas têm uma validade, um limite. Ao fim de alguns quilómetros a suportar batidas constantes de 74 quilos, a estrutura da sola perde capacidade de absorção e transmite as pancadas directamente para a perna em vez de as absorver. E são essas pancadas constantes que desgastam o meu joelho, já com muitas acelerações e travagens em cima, do tempo em que jogava ténis frequentemente.

Normalmente, a maioria das sapatilhas terá uma vida útil de cerca de 500 / 600 quilómetros – há quem aponte para mais, se bem que, eu, pela via das dúvidas, fique sempre por este limite. E era com esse com que contava para as minhas últimas Nike – um modelo fashion que me ofereceram em Março. Só que, um modelo com uma estrutura bem mais macia e leve – e, acredito agora, um limite bem menor. Desde que os comecei a usar deverei ter realizado entre 300 a 400Ks – mas acredito que chegaram ao seu máximo, a sua capacidade amortecedora chegou ao fim.


Por isso, a solução, que já coloquei em prática ontem, foi voltar a correr com as minhas sapatilhas de Chicago (ainda devem ter mais uns 300 ou 400 quilómetros nelas) e encomendar novos ténis. E ter sempre na minha cabeça a quilometragem acumulada que estou a fazer. Tem que ser – é uma questão de saúde.