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A milésima cache encontrada foi um número que simplesmente veio. Não foi planeado. Nunca apontei para fazer nada de especial para assinalar essa efeméride pessoal. E, no entanto, à medida que, lentamente, o número redondo se aproximava, fui sentindo uma pressão interior, uma necessidade de fazer uma milésima cache que significasse algo, que fosse apenas mais uma urbana, que assinalava um qualquer facto desconhecido, mas que, muito sinceramente, também me era de fraca relevância. Precisava de fazer algo com Sol na cara, uma paisagem arrebatadora, um local onde apenas estivesse uma vez e que me ajudasse para sempre a lembrar não só da milésima, mas também de todos os locais magníficos e lições que as outras 999 me tinham proporcionado.

Mas encontrar essa cache era um problema. Convenhamos, as minhas saídas para o campo ou montanha, à procura de caches, ficaram para trás há algum tempo - na realidade, há cerca de quatro anos, quando comecei uma posição que me obrigava a viajar muito e a passar muito tempo fora de Portugal; e, desde que me estabeleci na Holanda, os fins-de-semana têm sido sobretudo passados a montar móveis e quejandos.

Mas a minha viagem de Natal, para visitar a família da minha mulher, acabou por proporcionar uma oportunidade única. Um local que me permitiria falar do presente, do que via à minha frente, e, também, estabelecer um elo com quem eu sou, com as minhas raízes. Numa paisagem magnífica, frente a uma obra inspiradora, que aproxima pessoas. Com uma história para contar, com ciência para aprender. E, foi por isso que, no dia de Natal de 2013, encontrei uma magnífica Earthcache em São Francisco, com o Golden Gate e a sua ponte à minha frente, rodeado de pessoas de todo o Mundo a deleitarem-se com o espectáculo da bela interacção entre Natureza e Homem.

Venham mais mil!

http://www.geocaching.com/seek/log.aspx?LUID=1ac713ea-3483-4a10-83d0-a0dba3315bd9