Frontalidade holandesa
Uma das coisas
que gosto nos holandeses – os problemas discutem-se. Não há tentativas de os
mascarar. É “às claras”. Se há um problema, ele é posto em cima da mesa, e o
mais depressa possível. Não se protela, não há “preciso de ver…”, não há
desculpas, também não há delicadezas. Há um problema, discute-se.
A prostituição
existe, então, não se esconde por detrás de hipocrisias, legaliza-se. Há pessoas
que por vezes precisam de se drogar, legalizem-se e regulamentem-se as drogas
leves. Há um problema de excesso de poluição, de trânsito, de custos
energéticos, constroêm-se ciclovias e dão-se incentivos fiscais ao uso de
bicicletas – sem obras megalomanas, sem discussões eternas. Faz-se!
E esse assumir os
problemas com frontalidade, essa discussão focada no objectivo, torna tudo tão
mais fácil no longo prazo.
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