As crónicas do Lynx

Uma colecção de pequenas crónicas dedicadas a uma grande paixão de sempre: Viver essa maravilhosa aventura que é o dia-a-dia!

sábado, agosto 09, 2008

Primeira vez na Praia do Amado

"Rema, rema, rema, rema, a onda chega até ti, mas ainda não tens velocidade suficiente, por isso, rema, rema, põe-te em posição, primeiro pé ao nível do joelho, o outro agora à frente e levanta-te com o peso do rabo para trás". Ouvi esta sequência de palavras até à exaustão, ditas pelo Zé, o nosso professor naquela aula de iniciação ao surf. A aula estava a ser dada em inglês, uma vez que, dada a companhia com que estava, tinham-me incluído numa aula internacional, digno representante lusitano no meio de uma horde de alemães, italianos e letãs.

A teoria parecia ser fácil, mas sabíamos que quando tivéssemos que levar as gigantescas longboards com quase 3 metros para o oceano, as facilidades acabavam. Pelo meio, ainda tempo para um rápido aquecimento, uma corrida curta pela praia, contornando o primeiro nudista que vímos pela frente, que assim se viu confrontado com uma pequena multidão de 'têxteis' de neoprene invasores (em fatos que, diga-se eram bem apertados, parecia que o tecido me estava a tentar engolir), e uma sessão de carreirinhas, só para apanharmos o tempo de mergulho.

E depois é que foram elas, fomos para o mar - mas sempre só com água pelo peito - enquanto o Zé nos dava indicações. De início não estava a atinar com as ondas e a prancha. Ou me colocava muito num dos lados e depois ia torto até cair, ou pura e simplesmente não apanhava suficiente velocidade para a onda. Depois percebi! Estava a colocar-me muito para trás - na ânsia de dar mais velocidade, tinha caído num erro clássico, o de ajudar com os pés a remar, e estava a levantar muito o nariz da prancha, afundando-a (e posicionando-me mal para me levantar)! Problema corrigido! E aí vou eu!

Esta tarde a surfar foi uma grande diversão! Deu para brincar imenso nas ondas, a tentar perceber qual a que tinha mais força para a apanhar (a longboard perdoa bem mais que uma prancha clássica...), a remar e a mergulhar para as apanhar no momento certo, a tentar dar velocidade suficiente para me levantar. Fiquei fã? Não sei, não...