100!

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Este é o centésimo post neste blog!

Quando olho para trás, vejo um relato muito sincero das minhas semi-aventuras de fim-de-semana, da maneira como gosto de apreciar a natureza (e tudo o resto) que me rodeia. Há muito tempo atrás, quando fiz a minha primeira prova de orientação na Quinta do Pisão, em Sintra, defini como objectivo para mim próprio que, daí em diante, iria pelo menos uma vez por menos mês embrenhar-me na floresta, arranhar-me em arbustos, explorar caminhos de terra batida só para ver onde iriam dar, atravessar riachos com água pelo joelho, subir montanhas só para ver o que haveria do outro lado, sentir os cheiros, ouvir o barulho dos animais por entre as árvores, conhecer outros locais e pessoas por que sim, por que eles existiam.

Quando olho para trás, vejo onde isso me levou. A desafiar os meus medos pessoais, a minha atitude tímida e instintiva de ter medo de tudo o que me rodeasse e eu não conhecesse ou dominasse, a descobrir que mesmo as vertigens podem ser ultrapassadas. A conhecer melhor os meus limites e em expandi-los constantemente. A descobrir ao espelho um Ricardo fisicamente muito diferente daquele que era há uns anos atrás. Mas sobretudo, um Ricardo muito mais liberto cá dentro, muito mais consciente de si, muito mais capaz de se atirar de frente para situações (e não apenas na floresta) que não conhece e aproveitá-las ao máximo! E, quando penso nisso, tudo se deve aquela promessa que fiz a mim próprio, àquela experiência que me levou a descobrir que gostava mesmo da orientação e do que a orientação me oferecia e do que prometi a mim mesmo nesse dia.

Este blog tem sido, nos últimos meses, a testemunha silenciosa disso mesmo, de, passo a passo, continuar a tentar chegar mais à frente, mais próximo dos meus sonhos. Espero que seja, também, a testemunha de como os vou conseguir realizar