O descobridor de Long Ditton

18 de Julho. 18h45. Long Ditton, Inglaterra. Liguei o GPS à porta do meu quarto de hotel. Esperei 1 minuto pelo sinal. Mais outro. Os satélites começavam a aparecer. Ainda mais outro minuto. 40 metros de erro, 3 metros. Já está. Fui aos waypoints e escolhi nearest. Uma cache apareceu no horizonte.

Um dia antes da minha partida para Inglaterra, com a morada do hotel numa mão, tinha introduzido o código postal do hotel no geocaching.com. Apareceram imediatamente uma série de caches nas redondezas. Escolhi as mais próximas e introduzi-as no GPS.

18h50 min de dia 18, aí vou eu a andar apressadamente pelas ruas campestres, de vivendas de 2 andares, de Long Ditton, aproveitando um espaço de tempo entre o fim da reunião em que estava e o jantar com um amigo meu em Kingston. Tinha estado um calor sufocante, nada inglês, durante todo o dia, e agora era altura de conquistar umas caches.

A 1 km em linha recta do hotel, eis a primeira, Gallant 600 - 2 (não me perguntem a razão do nome), uma micro. Procurei, espreitei onde seria mais provável, enfiei-me de polo bonitinho para dentro de uma sebe, espreitei noutro angulo por detrás de um muro e "GOTCHA!!!". Ali estava ela, um pequeno rolo de máquina fotográfica, aninhada com a ajuda de um iman a uma vedação metálica. E, enquanto estava a escrever o log, apercebi-me de uma coisa:

Eu era o primeiro português a descobrir aquela cache!!!! Eu era um descobridor!!!

Abram, pois, alas para Lynx Pardinus, o Descobridor de Long Ditton!