As crónicas do Lynx

Uma colecção de pequenas crónicas dedicadas a uma grande paixão de sempre: Viver essa maravilhosa aventura que é o dia-a-dia!

domingo, novembro 28, 2010

"Adeus"


Na sexta, participei num evento geocachiano de despedida ao "Homem do Adeus" - o senhor que, todas, as noites, estava na rua na zona do Saldanha a acenar aos carros que passavam e a conversar com quem parava para dois dedos de conversa. Foi um evento bonito, em que estivémos cerca de 100 pessoas a acenar aos carros que passavam, e que, num gesto de memória, acenavam de volta e buzinavam.

http://www.geocaching.com/seek/cache_details.aspx?guid=3dff33b0-47e7-4904-9b18-4077309e7202&log=y&decrypt=

quinta-feira, novembro 25, 2010

Randkluft

É o nome (acabei de aprender) para as fendas tapadas por uma fina camada de neve, que se abrem no gelo e na neve, entre a neve e a rocha. Um perigo muito bem descrito neste artigo.

http://www.summitpost.org/an-unfamiliar-hazard-rock-crevasse/679211

segunda-feira, novembro 22, 2010

Cache & Run

Caches carregadas no GPS. Chave do carro na bolsa de pulso. Sapatilhas de orientação. Mochila de trail-running às costas (damn!, está apertada. Devo estar a ganhar uns quilitos). Água.2 barras. Alicate. GPS ligado. A cache é para ali. Um olhar para o horizonte, a avaliar o chumbo das nuvens no ar, e o verde que se estende à minha frente. Um último sopro profundo de ar para dentro dos pulmões. Um passo. Outro. E começo acorrer.

Há muito tempo que tinha algo deste género na minha to-do list. Voltar a uma manhã de run & cache. Fazer um percurso de alguns quilómetros, a correr, orientando-me entre as caches da área. Big fun! Para este fim-de-semana, o que estava marcado era o powertrail das arribas da Fonte da Telha, o”Pela Falésia até à Lagoa”. 14 kms (ir e vir) de pura diversão a correr e a cachar pelo meio da floresta, ao melhor estilo de um treino de orientação.

No fundo, é a associação entre um dos meus vícios (correr – mas que ninguém pense que corro muito, não é verdade) com a maravilha da descoberta de pequenos “tesouros”. Tem a vantagem de poder ser feito em qualquer lugar onde se possa correr e existam caches – incluindo num Domingo de manhãzinha em Lisboa, o que é uma excelente maneira de conhecer e perceber um pouco melhor da geografia da cidade (como o Torgut diz neste post - http://papacaches.wordpress.com/2010/08/25/espacos/ ). Outra hipótese, é escolher um powertrail e segui-lo – tem a vantagem do encadeamento das caches, e de estarem todas relativamente próximas. E é capaz de ser a melhor forma de fazer um powertrail – na minha opinião, claro!

O que é preciso? Na realidade, não é preciso muita coisa – sapatilhas de corrida, o GPS e vontade de correr e cachar bastam. Como, desta vez, fui para o meio do mato, acabei por levar também um cantil de água (estimei mal a quantidade – regressei com ele quase cheio, o que não é muito bom por causa do peso…), barras (para o caso de me dar a fraqueza lá pelo meio) e o meu alicate ‘todo-o-terreno’ (ainda não sei exactamente bem para quê, mas tenho a mania que me pode dar jeito – na realidade, acho que só contribui para um incremento do peso que as minhas pernas têm que suportar), tudo dentro de uma mochila mínima e justa de trail.

Depois, depois é aproveitar! Este Domingo aproveitei o ar fresco do pinhal junto ao mar, as vistas fabulosas do alto da falésia, com uma amplitude do Cabo Espichel ao Cabo da Roca, o prazer de saltar por cima de arbustos que se atravessavam no caminho, a escolha do melhor trilho para ir na direcção da cache, o ‘sabor’ da areia a ser pisada pelos meus passos (e sim, já não me lembrava de como é ‘pesado’ correr na areia). Também gozei do prazer de umas molhas descomunais e de um ar-fresco-demasiado-fresco para a t-shirt que levava vestida – mas nem tudo pode correr bem!

E, não fiz o powertrail todo – uma sequência de bátegas violentas no horizonte, o frio (no fundo, a má preparação) levaram-me a abandonar a ideia. A grande vantagem, é que ele (incluindo os meus DNFs) continua lá para que volte para mais uma sessão!

domingo, novembro 21, 2010

Roswell UFO - uma cache em Monsanto

O mostrador do GPS mostrava 61 metros para a cache. Conseguia ver o caminho que seguia para lá, afastado umas dezenas de metros, por entre o verde e castanho das árvores, com o grande objecto cilíndrico branco fumegante afastado uns quantos metros. O cheiro húmido da terra até há pouco sôfrega de água envolvia-me e entrava pelos meus pulmões. Decidi que os meus passos iam contornar o verde da vegetação e não a seta, pus os meus pés a caminho e fui…


Não foi difícil encontrar a cache. Ela estava lá e eu andava por ali a esquadrinhar tudo. Encontrei-a. Abri-a. Agarrei o logbook e a caneta, e preparei-me para a assinatura da praxe. Não funcionava! A caneta que eu tinha trazido não funcionava… Típico… Olhei em volta, na esperança de encontrar alguém que pudesse ter por ali qualquer coisa que escrevesse. Mas claramente, um Sábado à tarde não é exactamente o melhor dia para pedir uma caneta a alguém no meio de Monsanto – é uma boa lição! Então… onde raio é que eu podia arranjar uma caneta? Duhh! A solução era tão óbvia que até doeu!


Quente! Porra! Estava quente! Ignorei a dor e bati duas vezes na fuselagem – “Porque raio é que isso não tem uma campainha?” Esperei uns segundos e bati outra vez. “Qowey!” ouvi dizer de lá dentro. “rwuey?”. “É o Lynx! Preciso de ajuda!” E o grande cilindro branco abriu-se e, de lá de dentro, saltou uma figura com cerca de 1m20, uma cabeça clara no topo do tronco verde, uma estrutura mal definida, um… ok, ok, o extra-terrestre era igual ao daquela série parente do “Family Guy”, mas tinha um avental e uma vassoura! Era óbvio que o tinha interrompido quando estava a varrer o chão! Temi que ficasse mal humorado – afinal, eu precisava da ajuda dele!


- “twioyue?”


- “Preciso de uma caneta por uns segundos.”


- “wuihos?”


- “É uma daquelas coisas que serve para escrever num papel. Um papel é uma forma trabalhada de pasta de celulose.”


- “Quy! Gwsihjisdj?”


- “Para escrever no logbook daquela cache ali da frente!”


- “gewuhcashyng?”


- “Quase! Geocaching! Ah… ok… é um jogo que se joga aqui na Terra. Anda-se à procura de umas caixinhas escondidas pela Terra, através de uns aparelhos que captam e decifram os sinais de localização enviados por satélites que orbitam o planeta. É giro!”


- “fuhu! Fshsoi! Ffhifhjlajjjj afsijks fhwihdk hwieh s ijfhij! Porra! Fsoijfdi!”


- “Ok, ok, até podes achar que o nosso sistema GPS é uma porcaria, mas, para nós, funciona. Não tenho culpa que tenhas lido mal o sinal!!!”


- “fqh New York!!!”


- “Ao menos acertaste na latitude! Tens uma caneta ou não?”


- “fasihjij! Ah Ah!”


- “fasihjij Ah Ah? O que é que tem de mal uma caneta?”


- “Duh! Fains das daio!”


- “Ah! A gravidade no espaço… ok, faz sentido! Tens alguma coisa que escreva?”


E foi assim que fiz um log com um lápis… Obrigado aos senhores simpáticos que vieram do espaço e me emprestaram um lápis!

http://www.geocaching.com/seek/log.aspx?LUID=d1619a92-dd35-4bc5-8e10-1ab23ea9451e

sábado, novembro 13, 2010

Objectivos


Preciso de objectivos para manter a minha forma. Há coisas que quero fazer, mas isso significa que tenho que me manter em forma, mesmo neste período mais preenchido a nível profissional. Por isso, eis os meus objectivos dos próximos 3 meses:

- cache dos contrabandistas do baixo Alentejo,
- cache do alto da marofa com neve,
- correr 15ks abaixo de 1h25min (este, se calhar, fazia já amanha)
- snowboard ao menos uma vez ate meio de Janeiro
- fazer manutenção a minha "nunca percas o norte"

Se fizer 3/5 já e bom! Vamos a isso!!!


- enviado de dispositivo móvel.

domingo, novembro 07, 2010

Correr nos bosques de Palermo

A região dos parques do século XIX de Buenos Aires, com lagos, palmeiras, roseirais, estatuas, pérgolas. Uma monumentalidade elegante. E, depois, milhares de pessoas de todas as classes sociais, vestidas e despidas cada uma a sua maneira. Um prazer correr também pelo meio deste povo que vem aproveitar o domingo assim, ao sol, sob 33 graus, a fazer piqueniques, andar de patins em linha, namorar, correr, passear, fotografar. Um prazer!


- enviado de dispositivo móvel.