Águas Brancas

Confesso que acordei com uma certa apreensão. Afinal, eu é que tinha querido vir mas... a água nunca foi o meu elemento - mas, se as alturas não o eram, este também tinha que ser um medo a ser superado. E foi assim que escutei as indicações dos guias, vesti o fato de neoprene, o colete e o capacete, e entrei no bote.

Tinha respondido a um convite da Paula, para ir com ela, o Carlos e uns amigos fazer rafting no rio Paiva - para mim (e para os outros) ia ser a primeira vez. Estava por um lado ansioso, a desejar as emoções e superar os obstáculos e, por outro, a dominar os meus receios. De qualquer modo, sentei-me à frente, prendi o meu pé na presilha, cruzei aos pés, inclinei o meu corpo para fora, para gerar tensão, agarrei na pagaia e... aí fomos nós!!! E, pelo meio dos rápidos (alguns com mais águas do que outros, convenhamos), fui aprendendo o que deveria fazer. E acho que me portei bastante bem. Não caí à água (e apanhei um ou outro 'peixe'), coordenei bem o meu lado do barco (percebi depois que isso ia ser uma responsabilidade também minha), descobri que tenho uma remada bastante razoável e diverti-me imenso!

Agora, venham as águas brancas!!

Penúltimo fim-de-semana de Março, altura de meia-maratona

E, hoje de manhã, lá estava eu do novo, na Praça das Portagens, a suportar o ar fresco de uma manhã de domingo com mais 34999 pessoas, entre elas o Tiago e o Marco, à espera do sinal de partida para mais uma Meia-Maratona de Lisboa.

O tempo prometia, com aquele nevoeiro e frescura no ar a prometerem as condições ideais para um bom tempo (parecia que seria desta que iria baixar das 2 horas) mas...

- o Sol descobriu-se passados alguns minutos (a partir do quilometro 4) e com ele veio o calor;

- começámos demasiado rápido (ao quilómetro 4 iamos com um tempo de 20 minutos, bem abaixo do meu ritmo de longa distância) e isso pagou-se caro uns bons quilometros mais à frente;

- os meus joelhos não aguentaram o ritmo e a distância e, a partir de determinado momento, tive que fazer pausas frequentes para alongar e descansar um pouco as articulações.

De qualquer modo, tivémos direito ao nosso momento sui generis porque, depois de nos termos separado em Alcântara, para que o Tiago e o Marco fizessem uma prova ao ritmo mais intenso que têm, e depois de eu ter parado inúmeras vezes e pensar que já estavam os dois sentados há largos minutos na chegada, a cerca de um quilometro do final oiço um "Ricardinho?" vindo de trás de mim (esta do Ricardinho é do tempo do Challengers, nem vou tentar perceber de onde vem) e vejo que... tinha ultrapassado o Tiago (que é muito melhor que eu nestas provas), que vinha com um ar de sofrimento que dizia tudo (o homem estava muito, muito mal do estômago e tinha inclusivamente parado para vomitar...). Por isso... acabámos por terminar em conjunto!

Agora, confesso-vos que fiquei com sérias dúvidas sobre a maratona. Não sei se os meus joelhos aguentam... Acho que vou fazer uma dose reforçada de musculação nas pernas nas próximas semanas, comprar uns novos ténis e fazer ainda uns ensaios acima das 2 horas, porque acho que estou longe de estar afinado para uma prova daquela dimensão...

Uma notícia triste

A Mata da Albergaria, a jóia da coroa do Gerês, está a arder...

De volta à escalada

Confesso que estava com saudades. E hoje, depois de meses de interregno, voltei a escalar em top rope.

A oportunidade surgiu com um convite do Rui Duque, para ir experimentar um novo sector que ele estava a equipar ao pé de casa, no Vale dos Ventos, na Serra dos Candeeiros, ali a poucos quilometros de Fátima. Vias novas, fresquinhas, uma muito acessível (curiosamente, a última), as outras duas mais complicadas para quem já não escalava em rocha desde Outubro, mas uma óptima experiência, a confirmar que o 'bichinho' ficou mesmo comigo...

You know you're an orienteer when...

Sim, reconheço-me em muitos destes pontos...

(1) Your compass is one of your most prized possessions

(2) You optimize your route choices to and from the supermarket

(3) You orient a street map of your town to the magnetic north, even
if it means all the street names are upside down

(4) You think there's nothing wrong with wearing clothes made up of 6 different colours

(5) You always have at least one O-map in the toilet

(6) You are always obliged to explain to your friend what orienteering is

(7) You consider taping the shoelaces on your dress shoes

(8) You hang a control point up to your driving mirror

(9) You are the first to go to sleep during a party because you must be awakened sunday early in the morning

(10) You can recite your Sport Ident/E-card number from memory, but often have trouble remembering your phone number

(11) You contemplate moving to Sweden

(12) All of your white socks are no longer white or you buy grey or black socks so the dirt doesn’t show

(13) OCAD is the only software graphics package you know how to use, so you do everything with it

(14) If you’re a Mac’user, you've kept that old Windows PC, but only for running all the orienteering software that only runs on Windows (eg OCAD, Catching Features)

(15) You think nothing of driving for 16 hours in order to
run around in a strange place for 90 minutes.

(16) When your friends no longer think you're insane, and you have even managed to convince one or two to go hiking out back and swim in the muddy swamp with you

(17) You spend a lot of your time surfing random orienteering websites

(18) When your kids think it's normal to find Xmas presents by using OCAD maps of the interior of your house

(19) Your child can read the IOF symbols before they can read the "beginner" clue sheets

(20) There is a bag on the floor you have yet to fully unpack from your most recent orienteering trip

(21) While driving, you never actually get lost, you just make "x min mistakes".

(22) When you get lost on the way to someone's house, they tease you about it for being an orienteer, and you protest that you didn't have a map

(23) You are amazed to think that someone might NOT enjoy running around alone off-trail in the woods, possibly in the dark

(24) You complain about people who park their huge mobile homes between two trees and announce they are "camping."

(25) You read all of the above and find it funny, not disturbing

(26) You are able to speak 2 hours about route choices of a 1 hour race.

(27) You get so pissed off about a race you did you swear never to orienteer again, and then turn around and do another O race the next weekend, loving every minute of it!!

(28) You look at the countryside around you and analyze whether it would make a good orienteering map.

(29) My 2 year old drew triangles on tiles in the bathroom.

(30) You constantly have to tell people you haven´t been in knife fight, got scratched by a cat or had wild sex last weekend.... you were orienteering.

(31) You use the word re-entrant instead of valley, and everybody gives you a funny look.

(32) You think nothing of dropping 400 bucks on a new headlamp.

(33) You own more than one compass.

(34) You teach Orienteering as part of your phys ed curriculum and your students think you're insane.

Árvores

Há uma altura em que temos que retribuir. Sempre tive este desejo. Compensar o oxigénio que consumo todos os dias. O dióxido e monóxido de carbono que lanço para a atmosfera. Tornar o Mundo um pouco mais verde. "Para deixar aos meus filhos um Mundo melhor do que aquele que me foi deixado a mim" - alterado de uma citação de Carl Sagan.

Fotografia do geocacher Edmi

Sem travões...

Uma das coisas mais importantes a fazer quando se vai andar de bicicleta é fazer um rápido shake-down, daqueles de 3 minutos, de andar 100 metros para um lado e para o outro e perceber se as mudanças estão a entrar bem, se há algum barulho estranho nos pneus, se estes têm ar suficiente, se os travões estão a funcionar... Só para que não vos aconteça como a uma certa e determinada pessoa que no último Sábado, num treino de Ori-BTT em Monsanto, percebeu no terceiro ponto do percurso que não tinha travões... e que a partir daí teve que ter muito cuidado, nunca acelerando muito, desmontando nas descidas mais íngremes e com pior piso, pondo o pé no chão nos momentos de maior aflição...

Dia Nacional de Orientação

14 de Março.

Foi ontem! O dia nacional de um desporto espectacular, em expansão acelerada, capaz de atrair desde crianças a pessoas de idade a desportistas de elite por igual, de nos pôr num contacto directo e fabuloso com a natureza, em que não só a força e destreza física contam, mas também a rapidez de raciocínio e a capacidade de memorização.

Um desporto fabuloso para praticar, que adoro!

Fotografias impressionantes

Acampamento por baixo de um bloco gigantesco de granito, em Fairy Meadows, no meio do Cirque of Unclimbables (que se vê no enquadramento), no Norte do Canadá.

O mais belo bailado

Walter Rohl a guiar o Audi S1 Quattro de Grupo B no Rallye de Portugal. Pelo menos parte das imagens é no troço da Lagoa Azul. Que carro! Que mãozinhas! E que trabalho de pés!!

P.S.- Escuso de referir o público, certo? Por alguma razão o meu pai sempre me ensinou (desde os 3 anos de idade!!) em que lado da curva e onde é que eu deveria estar quando fosse ver um rali...

Ironia

3 dias intensos de snowboard. Treinos intensos de quilometros e quilometros de corrida. Aguerridos e intensos jogos de futebol. Escalada. BTT. Orientação a alta velocidade pelo meio da floresta. E onde me lesiono é num treino de vólei...

Aguila

Do topo da lomba branca, e até ao horizonte, toda a terra parecia estar a nossos pés. As encostas brancas desciam de forma mais ao menos abrupta, passando pela estância, chegando e entrando pela linha de árvores dentro, o castanho da terra e da rocha tomando forma e cor quilometros mais à frente, descendo para as planícies, apenas para voltarem a levantar-se em montanhas de castanho, por vezes cumeadas de branco, entrelaçadas aqui e ali por grupos de casas alvas, e assim dezenas de vezes, a toda a largura do meu panorama. Olhei para o Phil, o Filipe, a Paula e o Rui, olhei em frente mais uma vez sorvendo o Mundo que se abria à minha frente, medi a encosta que tinha pela frente, o seu declive, coloquei o peso do meu corpo sobre o meu joelho direito, inclinando-me para a frente, deixando o snowboard ganhar balanço e velocidade e lancei-me no branco e na paisagem de vida que se desenrolava à minha frente.

Ainda no POM

Esta equipa tinha o melhor equipamento de todo o POM. Eram uns veteranos nórdicos, que tinham mandado fazer estas camisolas especialmente para a estadia em Portugal...

32

Estou mesmo muito satisfeito com o ano que passou! Afinal:
- Fiz um trekking de montanha durante 2 dias nos acampamentos do Gerês em Agosto e na expedição geocachiana de Outubro;
- Consegui cumprir a Meia-Maratona, apesar de ter uma costela semi-fracturada nessa altura. E estou a correr distâncias progressivamente maiores e a sentir-me cada vez mais confortável com isso;

- inscrevi-me num curso de escalada, na escola do Rui, e estou a voltar a praticar a subida em rocha. Quando a chuva abrandar, vou voltar em força, até porque me está a dar um gozo tremendo!;

- subi ao topo do maior pico da terceira cadeia montanhosa em Portugal, a Nevosa, no Gerês

Este ano, quero:

- tentar correr a Maratona (já estou inscrito na de Madrid);

- subir uma montanha com mais de 2500 metros de altitude, como preparação para o Kili, até um máximo de 3 anos;

- federar-me na Federação Portuguesa de Orientação e começar a marcar pontos para o meu clube (foi o único objectivo que não cumpri do ano passado);
- fazer umas férias de uns dias de BTT ou de caminhada em montanha;
- melhorar e continuar a tirar o máximo de gozo da escalada!

Daqui a um ano, falamos...