Ciclovia Empresarial de Paço d'Arcos

Há algum tempo que me tinham falado desta ciclovia. A RG, aliás, tinha-me avisado da sua construção. Mas passaram alguns anos antes de a decidir fazer. Verdade seja que, as subidas até ao Lagoas Park e o trânsito constante em toda aquela zona levavam-me a ter reservas fortes sobre quando a deveria fazer em segurança. Mas, sabem, a semana entre o Natal e o Ano Novo costuma ter tão menos carros na estrada...

E assim foi, dia 26 de Dezembro, carregado de perú, bacalhau e bolo-rei no bucho, decidi-me e fiz-me à estrada. Tinha estudado bem o percurso até ao Lagoas Park, que queria fosse o ponto inicial e, por ciclovias e ruas paralelas às principais, lá cheguei ao topo da Quinta do Marquês, onde desci a toda a brida - mas em que, mesmo com o número de pessoas a de férias, me deparei com trânsito. Depois, foi a subida Oeste até ao Lagoas Park, um subida íngreme, mas tranquila.

E pronto, eis-nos no Lagoas Park e, 2 minutos depois, no início da ciclovia. Aí vamos nós. Esta ciclovia é larga, funcional e bastante bem feita, apesar de ter problemas básicos:

- O primeiro é que, em largos trechos, é partilhada com os peões - ou seja, não é exactamente uma ciclovia, mas um passeio pavimentado em que as bicicletas são permitidas, o que pode originar acidentes. Dito isto, o percurso não tinha (praticamente) nenhum peão quando o fiz, e também não me parece que seja especialmente movimentado. Ou seja, este problema é mitigado;

- O segundo problema é mais... surreal. Há momentos em que o traçado da ciclovia é... errático. Não segue o percurso mais lógico. Chega a mudar de passeio para voltar ao mesmo lado da estrada passados 20 metros - não faz sentido e acaba por ser perigoso, dado o volume de tráfego naquelas estradas;

- E, por falar em estradas... a ciclovia é interrompida sempre que se cruza uma estrada. E apenas num ponto existem semáforos para facilitar esse atravessamento. Em nenhum deles o atravessamento é feito sobre uma lomba na estrada, para obrigar os automóveis a abrandar. Ou seja, é um percurso perigoso em situações de tráfego elevado.

Dito isto, o percurso é funcional, o que é algo que falta às ciclovias de Cascais, pensadas sobretudo numa lógica de turismo. Esta não - esta leva as pessoas da estação de comboios de Paço d'Arcos à Quinta da Fonte e Lagoas Park, dois dos mais importantes centros empresariais da Grande Lisboa. É um percurso que, a descer, se faz em 15 minutos, e a subir, numa bicicleta eléctrica deverá demorar o mesmo tempo. Tem uma ligação tranquila e segura ao OeirasPark, um bom centro comercial, com restauração, lojas, cinemas e hipermercado. Ou seja, é uma boa alternativa ao automóvel - mas valia a pena mitigar os problemas que enumerei em cima.

Molhados

Vau do Pisão de Baixo, no Trilho da Ribeira das Vinhas. É uma maravilha ver este ribeiro com tanta água.