As crónicas do Lynx

Uma colecção de pequenas crónicas dedicadas a uma grande paixão de sempre: Viver essa maravilhosa aventura que é o dia-a-dia!

segunda-feira, junho 11, 2007

Vitória!

Ok! Foi em escalão aberto! No mais difícil, é certo, e em que tenho particiopado nos últimos meses. Mas ganhei!

Sábado, Vila Nova de Santo André. Um pinhal sobranceiro à vila. Piso arenoso, com caruma no chão e mato rasteiro e espinhoso fora dos caminhos. Calor (25ºC).

Parti. Os dois primeiros pontos correram-me mesmo mal. Não atinei com os caminhos, com os aceiros grandes e largos, às vezes com vegetação pelo meio, tanta que nem se distinguiam à primeira vista do resto do mato. Perdi aí muitos minutos preciosos e pensei que a corrida estava perdida! Foi a meio do caminho para o segundo ponto que percebi (finalmente!) qual seria a melhor abordagem.

Azimutes! Comecei a azimutar de um ponto (ou de um ponto absolutamente claro no mapa) para outro. Chegava a um ponto, picava, orientava a carta para Norte e seguia a correr directo como um míssil para o próximo, controlando sempre o azimute pela bússola e o relevo (pois, apesar de não ser muito pronunciado, também não havia muitos mais pontos de referência no mapa...) pela carta. Quando sentia que o ponto já não estava longe, ligava o radar à minha volta, à procura de uma baliza laranja e branca.

Foi assim que fiz o melhor tempo para o terceiro ponto, e que, sem o saber, passei para frente a partir do quinto. Uma prova sempre a correr e de orientação (a partir de meio do segundo ponto) muito boa. Em 58m35s - o único a baixar da uma hora...

Vitória!!!

quinta-feira, junho 07, 2007

Como atravessar um ribeiro de btt

1ª regra: se o ribeiro for grande, for mais do que uma simples linha de água, não vale a pena ir muito depressa - é contraproducente. O facto de não se ter estudado devidamente o caminho leva a que as probabilidades de algo correr mal na travessia aumentem exponencialmente.

A travessia de um ribeiro começa no exacto momento em que o vemos. Em que devemos aproximar-mo-nos da margem devagarinho, estudando o percurso. Em que nos devemos colocar de pé na bicicleta para melhorar o nosso ângulo de visão e perscrutarmos por pedras, percebermos qual o caminho com o solo mais duro para atravessar. Devemos sempre tentar ir por um caminho 'mais duro', com menos lama e areia, mas que também não tenha pedras salientes que possam travar a nossa progressão. Nesta altura devemos delinear todo o caminho que vamos percorrer 'na nossa cabeça', inclusivé a sempre delicada saída, qual o local onde vamos sair do ribeiro, se é muito ou pouco inclinado, se tem ou não lama.

O ideal é não chegar a molhar a corrente, e nunca deixar que a água ultrapasse o eixo de fixação das rodas. Se percebermos que é isso que vai acontecer, devemos pensar se conseguimos mesmo vencer aquele ribeiro a pedalar, ou se o melhor não será desmontar e atravessar a pé ou ir à procura de outro vau.

Devemos entrar no ribeiro numa mudança relativamente baixa, que nos dê poder de tracção e força para superarmos os obstáculos (pedras e lama) que apareçam no rio e 'calgar' a outra margem. E gozar ao máximo o estarmos a cruzar um pequeno rio na nossa bike!