As crónicas do Lynx

Uma colecção de pequenas crónicas dedicadas a uma grande paixão de sempre: Viver essa maravilhosa aventura que é o dia-a-dia!

sexta-feira, setembro 20, 2013

Estou lixado se continuar a correr apenas em Roterdão


É muito agradável correr em Roterdão, apesar do tempo frio e do vento cortante - afinal, após algumas dezenas de metros, esqueces completamente o frio. Mas parte do problema reside nessa agradabilidade - é que é um sintoma de que a cidade é... demasiado plana! Pois é! Esta cidade é completamente plana, na realidade - não há uma subida de jeito, umas escadinhas, nada! Nada, mesmo! Ontem, quando fui correr, o maior declive que encontrei foi uma "escadaria" de... 6 degraus! E, se isso é agradável para fazer bons tempos, é extremamente perigoso para quem gosta de montanhas e de orientação - é que os músculos, o corpo desabitua-se a vencer declives e, depois, quando for preciso, os músculos não estão lá!

A solução é simples - e um pouco bizarra, na realidade. Vou ter que fazer subidas e descidas... indoor! Ou seja, vou ter que fazer, pelo menos uma vez por semana, uma simulação de trail no ginásio. É um pouco ridículo e, quiçá, até contra-natura, mas é a única maneira de garantir que continuo preparado para subir em força - e, depois do que experimentei no México, acho que pode mesmo ser uma abordagem.

quinta-feira, setembro 19, 2013

Algures na Península do Kamchatka, na Rússia

Aquela sensação de que o homem é esmagado pela Natureza, num dos locais mais remotos (e fantásticos) do Mundo. Uma fotografia de firelizard, em summitpost.org - http://www.summitpost.org/the-final-jump/865359 . 


quarta-feira, setembro 18, 2013

O impacto das viagens


Não se vê. Mas mói!

A verdade é que viajar frequentemente não causa um cansaço semelhante ao do esforço físico - nada dói, não transpiramos, o coração não acelera, os músculos não se esforçam. Mas há um preço a pagar pelas frequentes mudanças de clima (nosso país de origem, avião, país de destino), de pressão, de humidade, de temperatura, diferenças de fusos horários (o organismo precisa de disciplina) e as longas horas parado no mesmo local, para alguém que não consegue ficar muito tempo sem se mexer. É um cansaço diferente, de falta de energia, de querer dormir para recuperar, de falta de vontade para fazer muito. Estar em boa forma física ajuda, mas, a única maneira de o superar é mesmo dormir e, ao mesmo tempo, aproveitar sempre para correr ao ar livre, para forçar a adaptação, para que o corpo se ajuste rapidamente ao Sol, às horas, à tal humidade e pressão, mas, também, à poluição - ah, e para se familiarizar também com o que o rodeia, as ruas e gentes. Senão, continua a sensação de corpo moído e sem energia...

domingo, setembro 08, 2013

Ultimas corridas

O dourado do fim do dia a acompanhar os meus últimos 5ks de hoje foi uma boa analogia. O verão a fechar, a acabar, os dias a ficarem mais curtos, e eu a fazer uma das minhas ultimas corridas antes de me mudar para roterdao. Uma grande nostalgia abate-se sobre mim neste momento, os cheiros tornam-se mais fortes e mais vivos, tentando ganhar um lugar na minha memória. O toque da areia nas minhas mãos, o ar leve e puro, as cores, os sabores. E uma excitação enorme pelo que aí vem.


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quarta-feira, setembro 04, 2013

Casa

A promotora tinha um ar humilde. Era claramente alguém esforçado. Menos de 1m50. rugas profundaa. Via-se que não tinha uma vida fácil. E estava ali, a atender consumidores, enquanto respondia as minhas perguntas, com um sorriso na cara. Mas foi uma resposta dela que mais me fez sorrir, se calhar para disfarçar a lagrima que podia rolar a qualquer momento:

- "então e gosta de trabalhar connosco?"

- "claro que sim. Foi assim que consegui ter a minha casinha."

Um banho de realidade, e tão duro, mas sabe tão bem.



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terça-feira, setembro 03, 2013

Correr na floresta - e a dor que é vê-la arder


"Foi a correr nos trilhos das nossas florestas que me apaixonei pelo trail e encontrei a minha felicidade" - Carlos Sá, corredor de trail (e com algumas importantes vitórias a nível mundial no currículo, diga-se de passagem).

Como eu o compreendo. Correr na floresta é um prazer. E, como diz o Carlos Sá um pouco mais à frente neste post no Facebook (https://www.facebook.com/photo.php?fbid=562600550466325&l=6d30b3f397 ), por isso, dói ainda mais vê-la a arder. Dói! Porque é dor que se sente quando se vê algo que amamos a ser destruído.

segunda-feira, setembro 02, 2013

E vocês, o que é que se vêem a fazer quando tiverem 64 anos?


Bom, Diana Nyad (sobre quem li pela primeira vez há mais de um ano, na Time) acabou de nadar de Cuba à Florida, sem barbatanas ou uma jaula anti-tubarões. Algo que ela tinha tentado pela primeira vez (mas não tinha conseguido), quando tinha 29 anos - uns anos depois de ter dado a volta a Manhattan a nadar, sem paragens (o que, diga-se, também já não é nada mau). A Time, na altura salientava como este desafio era pessoal, por parte de uma atleta extraordinária (porque o é), mas como também ilustrava perfeitamente como devíamos a estamos a mudar o nosso olhar sobre a idade. 64 anos - há uns anos atrás, seria a idade limite de uma vida activa e sem problemas. Hoje, os mesmos 64 anos representam gente saudável, enérgica e com apenas alguns (mais) cabelos brancos (mesmo que não se seja um super-atleta).


domingo, setembro 01, 2013

E quando não da para sair lá para fora...

... Quer seja por uma questão de tempo meteorológico ou por ter que ficar a trabalhar, o ginásio e mesmo a única opção para me manter em forma para explorar o mundo lá de fora.




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E andar de bicicleta sobre um lago gelado, mesmo à frente de um glaciar

Fotografia de junodirtrider, disponível em www.mbpost.com . Localização: algures nos arredores de Juneau, Alasca.