As crónicas do Lynx

Uma colecção de pequenas crónicas dedicadas a uma grande paixão de sempre: Viver essa maravilhosa aventura que é o dia-a-dia!

sexta-feira, dezembro 28, 2012

A importância do Sol para um orientista...


Instintivamente, guio-me pelo Sol! Eu sei... parece estranho... e é! Mas, a verdade, é que o faço - de forma natural, sei quase sempre onde é o Norte sabendo as horas e percebendo de onde vem a luz. Faço-o de forma muito aproximado - mas, mesmo assim, acaba por me ser bastante útil (mas não chego ao extremo da selecção nacional de orientação suíça que, uma vez, vi treinar uma prova inteira de orientação num terreno bem difícil sem bússola, apenas guiando-se pelo Sol e pelo mapa que levavam).

Agora, o problema... é quando não há Sol! Como esta semana! Desde que aterrei em Nova York na quarta que ainda não tinha visto o Sol (ele neste momento brilha, orgulhoso, pela janela do café onde estou). O que... me baralhou! Estando numa zona nova da cidade para mim, nunca sei para que lado estou virado! A consequência? Hoje de manhã, os meus 5 kms de corrida no Central Park transformaram-se em 5 kms de corrida ao longo do Hudson, on Riverside Park, onde me deliciei com as vistas do fiorde, saltei por cima das placas de gelo, desviei-me das bicicletas que encontrei e me arrependi de me ter esquecido das minhas luvas de montanhismo nos -1ºC de uma típica manhã de inverno nova-iorquina...

domingo, dezembro 23, 2012

"Madrid, madrid!"

Ouvi eu, enquanto fazia o meu treino matinal. "mas porque raio e que...", olhei para a minha t-shirt, para a t-shirt do outro corredor. "42 de puro Madrid" acenei de volta. Cumprimentamos sempre os nossos parceiros de aventura anónimos.


- enviado de dispositivo móvel.

domingo, dezembro 16, 2012

Andrew Evans escalou o Kilimanjaro


Sigo o Andrew no Twitter. E isto porque ele tem um dos empregos provavelmente considerados como mais interessantes do Mundo - é um viajante da National Geographic, alguém que viaja pelo Mundo para escrever crónicas dos países que visita. E, para além de ir a locais fabulosos (parques naturais, países exóticos, montanhas), de ter sempre ângulos diferentes do habitual e de ser um excelente fotografo, é também uma pessoa claramente muito interessante e um excelente comunicador. E acabou de fazer algo que está mesmo na minha lista - http://digitalnomad.nationalgeographic.com/2012/12/16/climbing-kilimanjaro/

domingo, dezembro 09, 2012

Neve urbana

Uma das situações mais perigosas quando se encontra neve no meio urbano não é a neve em si. São as condições de temperatura de degelo de dia e congelamento de novo à noite. Ou seja, quando se formam poças de água da neve a derreter, e, depois, à noite, esta volta a congelar. E não - ainda não caí (por enquanto)!

quinta-feira, dezembro 06, 2012

E, desde esta manhã,...

... já pedalei por todos os principais tipos de terreno!

Pois é... Nevou durante a noite e, quando esta manhã peguei na bicicleta para cruzar Roterdão e ir para o escritório, deparei-me com um piso branco e gelo nas poças de água. O resumo - consegui sobreviver sem problemas (ao contrário da scooter que se lançou sobre duas ciclistas...), e tive a emoção de guiar com cuidado para evitar a derrapagem das rodas. Adorei!

Oscar Niemeyer

Lembro-me de ver as fotografias dos seus edifícios em Brasília, e de me sentir entusiasmado pela grandiosidade e leveza das suas obras em betão. De ter perdido o fôlego quando vi pela primeira vez o MAC de Niterói. De ter seguido sempre, desde então, todas as notícias sobre ele - o que dizia e pensava, as suas obras, o seu estado de saúde, a inveja por Aviles, nas Astúrias, ter inaugurado todo um parque arquitectónico sob a sua assinatura há um par de anos. Ontem, morreu um génio. Um homem que parecia eterno (ainda projectava com os seus 104 anos), eternamente apaixonado pela vida (disse um dia, "Amo a Vida e a Vida me ama. Somos um casalzinho insuportável"), eterno nas "curvas livres e sensuais" dos seus edifícios. Até já! Vemo-nos no reflexo do próximo sonho concretizado em betão! 

terça-feira, dezembro 04, 2012

Aluguei uma bicicleta em Roterdão!


Dizem que a Holanda é o país das bicicletas. E como é fácil compreendê-los. Um país essencialmente plano (ainda não vi nenhum monte - nem mesmo com 5 metros de altura!), boas infra-estruturas com ciclovias por todo o lado (apesar de as scooters poderem por lá circular - o que é mesmo estranho) e um povo altamente respeitador das normas de trânsito facilitam (e muito) o transporte de bicicleta. Por isso, é ver os holandeses a pedalar alegremente para ir a todo o lado - jantar, dar um passeio, ir às compras, trabalhar,... E, por isso, claro que eu tinha que fazer o mesmo!

Uma colega e amiga minha arranjou-nos os cartões para o aluguer - que são debitados directamente na conta dela. Depois, fomos ao posto oficial de aluguer ao lado da estação e escolhemos as nossas bicicletas - que são bem estranhas para mim! Em lugar da minha habitual BTT, tinha uma bicicleta com quadro clássico, guiador à Harley Davidson e... sem travões! Pois é, os travões são no pedal - tem que se pedalar para trás, para travar, o que, confesso, torna a arte de travar forte bem mais complicada. E... é contra todos os meus instintos dos últimos 30 anos! Ou seja... hoje pedalei com muito cuidado, devagar e sem grandes acrobacias...

Acho que a grande aventura do dia (para além de ter demorado algum tempo a dominar a arte de usar o cadeado destas bicicletas, que é um pouco diferente do que estou habituado) foi o regresso, sob uma chuva intensa e fria, à noite. Estava a chover de tal maneira que a água acumulada nos meus óculos me impedia de ver minimamente para a frente em condições - e, aí, tive que usar a arte de seguir a bicicleta da frente e confiar que ia tudo correr bem... Confesso que já tive melhores experiências...

domingo, dezembro 02, 2012

Este anúncio deve ter cerca de 30 anos...

... e, mesmo assim, de vez em quando, lembro-me espontaneamente dele.