As crónicas do Lynx

Uma colecção de pequenas crónicas dedicadas a uma grande paixão de sempre: Viver essa maravilhosa aventura que é o dia-a-dia!

segunda-feira, dezembro 23, 2013

Correr em sillicon valley

Sair de casa depois de uma mal dormida noite de jet lag. Ver o orvalho a transformar-se em neblina aos primeiros raios de sol diante dos meus olhos. Arrancar por um trilho ao longo de um arroio seco. Enveredar por entre os complexos de escritórios baixos das empresas de tecnologia. Cruzar-me com pouca gente ou ninguém, num sítio onde ninguém anda a pé.


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terça-feira, dezembro 10, 2013

Ponte

A atravessar a ponte. A correr. Noite escura. O eléctrico parado a meio. Uma fila de carros. Muitas luzes a piscar. Cancelas. E, de repente, no meio da escuridão, vejo a erasmusbrug a levantar-se em toda a sua imponência.

Interrompeu-me o treino...


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segunda-feira, dezembro 09, 2013

O melhor deles todos

É impossível comparar pilotos de eras diferentes. Mas, para mim, este foi mesmo o melhor. Não pelos 5 títulos mundiais, o recorde de vitórias em corridas participadas (24 em 51), o peso na cultura automobilística mundial. Não! Para mim, o seu principal feito foi ter sido o melhor e ter sobrevivido, numa altura em que os pilotos de Fórmula 1 corriam o real risco de morrerem num acidente - e isso acontecia sobejas vezes, em circuitos sem preparação, carros sem cintos de segurança ou estruturas deformáveis,...

Juan Manuel Fangio continua a ser, para mim, o melhor de todos os pilotos, essa escol de apaixonados pela velocidade e pelo bailado entre um homem e uma máquina sobre o asfalto (ou qualquer outro piso).




domingo, dezembro 08, 2013

Uma bicicleta e geocaching


3 de Agosto de 2013. Nesse dia, ansioso por garantir que fazia uma cache em Moscovo, aproveitava o meu último fim-de-semana na capital russa para procurar (e encontrar) a cache "Princess Turandot", no que foi um bom dia - aproveitei para fazer "check" ao meu objectivo de correr na Praça Vermelha, com uma corrida de ida e volta a partir do hotel, uns bons 10 quilómetros que me souberam a ginjas. Desde esse dia 3 de Agosto, que não tinha tido vontade de cachar.

A 1 de Dezembro isso mudou. A viver numa nova cidade, com uma nova bicicleta na garagem, a JK em São Paulo e um dia de Sol a chamar por mim, decidi que era altura. Voltava a cachar. E com a bicicleta.

Vamos ser sinceros - não seria exactamente Geo-BTT, apesar de eu insistir em lhe chamar assim. Iria aproveitar as ciclovias que se estendem por toda a Roterdão (em cada rua), na minha nova bicicleta - uma dobrável da Decathlon, que uso para ir para o escritório (quando não chove), às compras e para me divertir. E divertir era o objectivo de hoje!

O percurso seria simples, cerca de 5 caches ao longo do rio e de algumas das diversas docas do centro de Roterdão - uma rota com muitos espaços abertos, muito Sol e luz (preciso disso, aqui), pontes, bonitas imagens e... caches! Afinal, esse também era o objectivo - procurar (quiçá, encontrar) caches!

Devo dizer que fiquei um pouco surpreendido - estava à espera de estar bem mais enferrujado. A primeira cache demorou algum tempo, confesso, que usei para tirar algumas fotografias à Erasmusbrug a ser aberta, para que passasse uma balsa carregadinha de contentores. Mas as 3 seguintes (ok, uma era uma virtual) foram bem mais rápidas. Pelo meio, entre os momentos em que me montava na bicicleta e voltava a carregar no GPS de corrida (que usei como meu odómetro - afinal, esta volta também tinha que contar para os meus objectivis de exercício do mês), umas pedaladas por terrenos conhecidos das minhas corridas, que me deixaram um sorriso enorme na face!

No final, ainda fiz um DNF - mas foi num sítio onde vou voltar vezes sem conta, porque tem uma das melhores vistas de Roterdão, por isso, está garantido que a vou voltar a procurar. A próxima vez terá que ser aliás com a JK, que também gosta de um geocaching moderado - e que prazer será irmos até lá de bicicleta juntos!

5 caches, 4 encontradas e 1 DNF. 11.6Ks, muito sol, muitas fotografias, muitos sítios novos - a minha volta de Geo-BTT cumpriu todos os seus objectivos - sobretudo o ter-me deixado com um super sorriso na cara!

http://www.geocaching.com/seek/log.aspx?LUID=df6522d6-2dd6-4080-be94-904b44363744

http://www.geocaching.com/seek/log.aspx?LUID=f846f42a-29eb-44ba-8305-7b4c175f063d

http://www.geocaching.com/seek/log.aspx?LUID=e237c7dc-4b25-4137-8c33-a1a9524ea705

http://www.geocaching.com/seek/log.aspx?LUID=c849df53-2b23-4fe0-985c-71fd874cabf8

http://www.geocaching.com/seek/log.aspx?LUID=81564c5d-a637-49d3-8349-fd6bd0ffbb5d


quinta-feira, dezembro 05, 2013

Hoje, morreu um dos meus heróis

O homem que considerava o mais inteligente do mundo. O mais corajoso. O mais resiliente. Inspirador. Um homem que mudou o seu mundo. O de milhões. Todo o mundo.

O homem que não aceitou o fácil, o ódio, e preferiu seguir pelo muito menos seguro caminho da reconciliação. E o fez da maneira mais brilhante que se possa imaginar.

Nelson Mandela, obrigado. Pessoalmente, era das poucas figuras públicas para quem olhava para cima. Absolutamente inspirador, com uma atitude de mudar o Mundo para o tornar melhor. Uma pessoa que nunca desistiu e nunca se rendeu ao ódio. Se eu não tivesse tido a sorte de viver ao mesmo tempo que ele, nunca acreditaria em alguém tão perfeito, até pela forma como expunha e aceitava as suas imperfeições.

Algumas frases dele perdurarão, e tenho a certeza que ainda as vou usar de tempos a tempos, ou recitá-las baixinho, para mim próprio, como faço de quando em quando com o poema "Invictus", de Henley, que se diz que Mandela recitava aos seus companheiros de prisão em Robben Island. Mas, muito mais importante, foi a mudança que ele trouxe para o Mundo - aqueles que foram directamente beneficiados com ela, e a esperança que tocou tantos outros.

Obrigado, Madiba.


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