As crónicas do Lynx

Uma colecção de pequenas crónicas dedicadas a uma grande paixão de sempre: Viver essa maravilhosa aventura que é o dia-a-dia!

quinta-feira, maio 30, 2013

E, de repente, no meio do nada…


Ouço falar português! De Portugal! No meio do Atacama!

Ele, português, economista no BEI. Ela, chinesa. Estavam a viajar pela América Latina, com partida do Brasil, passagem pela Patagónia, Atacama e, depois, Bolívia e Perú. Um prazer encontrá-los e ter a oportunidade de trocar opiniões e ideias em português!

quarta-feira, maio 29, 2013

Um céu estrelado


O deserto do Atacama é o local mais seco do Mundo. Há locais onde não chove há centenas de anos, e, noutros, a chuva cai apenas um dia por ano (geralmente em Fevereiro), como consequência de uma frente atlântica (sim, o Pacífico aqui é tão frio que não forma humidade suficiente) que atravessa os Andes. Mas esta ausência de humidade e de população tem uma consequência benigna – o céu mais estrelado que já vi, uma ode ao infinito, uma dádiva dos Deuses aos Homens que vivem nesta terra árida.

terça-feira, maio 28, 2013

Vale da Lua


O Vale da Lua no Atacama não deve o seu nome à paisagem – não, desenganem-se os que como eu pensavam que o nome era devido às semelhanças com os visuais lunares. O vale deve o seu nome à presença de selenite, o mineral de nome lunar.

Mas a paisagem é avassaladora. Milhões de anos de vento, areia, erupções vulcânicas e enxurradas que duram apenas um dia no ano moldaram a terra, de uma forma absolutamente estonteante – uma beleza feita de ocre, vermelho, amarelo, branco sal e azul do céu límpido. Juntem-lhe o tom dourado da hora mágica de final do dia e o resultado é digno de um qualquer Vermeer, a trabalhar as cores e a forma como a luz pousa nas formas.