Conduzir numa auto-estrada holandesa é toda uma nova experiência cultural - um pequeno choque para um português. E eu nem estou a falar da velocidade máxima adaptativa às condições de trânsito!
Os holandeses acabam por, quase todos, conduzir à velocidade máxima legalmente permitida, com apenas uns quantos km/h de variação entre os carros, em auto-estradas em boas condições e bem sinalizadas. É um comportamento muito homogéneo quele que se vê em todos os condutores. Isto leva a uma grande dose de confiança e previsibilidade entre todos - bem maior do que aquela que qualquer condutor português experimenta diariamente em qualquer AE nacional.
E essa confiança repercute-se nalguns comportamentos. Por exemplo, a distância de segurança entre os carros é mínima! Nada tem a ver com os padrões portugueses! Eles andam literalmente colados uns aos outros, confiando que seguem todos a velocidades muito semelhantes e que, se houver necessidade, os paíneis das auto-estradas os vão avisar de que algo de diferente se passa e que devem abrandar.
E outro exemplo é que, quando querem mudar de faixa, fazem sinal e, pura e simplesmente, mandam-se para a faixa do lado, confiando que, como fizeram sinal e vão todos a velocidades semelhantes, quem vem na faixa da esquerda tem tempo para acautelar essa alteração. Em Portugal, esta combinação de comportamentos seria, pura e simplesmente, letal - e eu espero nunca me habituar a este nível de confiança nos outros...