"A Maratona tem que se ganhar a cada passo. Tens que estar pronto para lutar a cada metro." Dizem. E é bem verdade. Senti-o e bem este fim de semana, na minha segunda Maratona de Roterdão.
Tinha treinado e estava melhor preparado que o ano passado - tinha mais de 400kms corridos desde o início do ano e mais de 300ks de bicicleta. Mas não estava preparado para o vento frontal (mais de 30Kms/h) e sol que apanhei durante o percurso. Não posso dizer que estivesse exactamente calor, mas 16C de temperatura foram a temperatura mais elevada que apanhei desde Dezembro (em Portugal) e há uma semana estava a correr com -3C na Baviera... Por isso, foi um choque, e apanhou-me "de ladecos". Sofri a bem sofrer e, a partir do quilómetro 30, quebrei mesmo e entrei em modo de sobrevivência - passei a correr 500m e a andar 500m em cada quilómetro, para assegurar que chegava ao fim.
Se terminei, devo-o à multidão de Roterdão. Foi fabulosa, como já o tinha sido o ano passado, e, literalmente, carregou-me aos ombros até à chegada. Ver toda aquela gente ao longo do percurso a aplaudir o esforço dos maratonistas, a incentivar cada um de nós, a gritar o nosso nome, a distribuir comida (bananas, barras energéticas, bolinhos feitos em casa) é uma experiência fabulosa! E, tenho a certeza, sem esse apoio, este ano, não teria terminado!
Muito obrigado, Roterdão!