As crónicas do Lynx

Uma colecção de pequenas crónicas dedicadas a uma grande paixão de sempre: Viver essa maravilhosa aventura que é o dia-a-dia!

sábado, janeiro 31, 2009

Como combater a rotina em 10 minutos

Ou como acordar 10 minutos mais cedo e ficar a fotografar o mural de Campolide numa manhã chuvosa antes de ir trabalhar. É daquelas coisas que nos dá um ânimo refrescado para todo um novo dia!

domingo, janeiro 25, 2009

500!

Ainda pensei se não deveria assinalar este marco com uma cache específica – uma daquelas que toda a gente considera míticas, que deixa toda a gente a sonhar. Depois, reflecti um pouco melhor e percebi que não seria a melhor forma de o fazer. Afinal, o que conta não é só chegar, é a caminhada. E o que interessa verdadeiramente não é a 500ª, se as outras 499, que me fazem chegar a este marco, foram particularmente ricas. E foram-no de facto!

As 499 caches de um percurso que comecei a desenhar em Agosto de 2004 (com a mítica Kir-6, uma virtual numa cabine telefónica em Belém) fizeram-me conhecer novos recantos do país, ou revisitar outros que já conhecia e que tanto prazer me deram rever, descobrir novos amigos, andar quilómetros sem ver vivalma ou tentar ser discreto e natural para que fosse invisível aos olhos da multidão, percorrer um parque gelado em Londres às 7 da manhã para aproveitar ao máximo antes de uma reunião começar ou fazer uma pausa na ‘torra’ na praia proporcionada pelo estio algarvio, atravessar quilómetros de BTT, com o GPS no guiador e mapas à minha frente a vislumbrar o melhor caminho no labirinto da floresta, correr de mochila às costas até à próxima cache, treinar para meias-maratonas, utilizar um bastão de caminhada, percorrer centenas de quilómetros ao volante de 5 carros diferentes, proporcionar boas surpresas aos meus pais, aprender a escalar e começar a ultrapassar o meu irracional medo de alturas, fazer bons amigos (eu sei que é repetido, mas acho que merece sê-lo), divertir-me a escrever logs e a soltar a imaginação, tirar fotografias, ter boas desculpas para ir sentir o cheiro da terra molhada depois de uma chuvada, encher os olhos de sol e cor do alto de um dos picos de Sintra, fazer uma semi-churrascada numa praça central de uma vilória raiana espanhola, ouvir Torga num dos pontos mais altos de Portugal, sentir o vento forte e fresco e húmido a soprar nas minhas orelhas numa qualquer falésia, ter o prazer de dar a conhecer cantos esquecidos, sentir a excitação e o frémito da descoberta.

Uma palavra em especial para o meu GPS. Todas estas 500 foram descobertas com o meu clássico Geko, seguindo uma setinha e tentando ler o terreno. Se entrar no geocaching foi uma desculpa para comprar um gps (e foi mesmo!!!), foi depois o Geko um excelente veículo para descobrir ao máximo o que me rodeava. E, por muito arcaico e rudimentar que seja, nunca me deixou ficar mal – nenhum dos meus DNFs foi da responsabilidade dele.

Mas, se eu não escolhi a cache em que ia dobrar o marco, posso dizer (como se eu precisasse de uma confirmação) que sou uma pessoa de sorte. Porque, apesar de não a ter escolhido, estar ali, no topo do penhasco, a pisar a terra e a rocha, com uma ribeira forte a meus pés, a olhar o montado a perder de vista, ondulando sobre os montes, pintalgados aqui e ali por vinha, um ou outro eucaliptal, casas brancas na distância, com a luz forte ainda do final de tarde, realçando a terra boa do norte-alentejano, as suas cores e cheiros sempre tão vivos, adivinhando as rochas gigantescas e os riachos por onde tinha corrido de manhã, dei por mim a pensar que não poderia ter escolhido melhor local para a 500ª. E sabem que mais? Acho que não podia mesmo!

Que as próximas quinhentas tragam tantas coisas boas quanto aquelas que já fiz!

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Amanhã é dia de ser feliz...

... de bússola no dedo, mapa na mão e floresta pela frente.

:)

domingo, janeiro 18, 2009

Igrejas da Baixa


A Baixa de Lisboa é um espaço estranhamente mágico e misterioso, feito de luz e ângulos rectos e pequenos segredos escondidos em cada esquina, sob a forma de sobreviventes milagrosos do terramoto de 1755, maravilhas belíssimas do barroco, surpresas do século XX ou pessoas que carregam toda a história de uma Vida com elas. Foi neste cenário que (muito bem acompanhado) fui fazer uma visita guiada às igrejas que por lá existem, numa manhã (madrugadora) plena de explicações detalhadas e, sobretudo, muita fotografia!










sábado, janeiro 17, 2009

Proteger o meu ponto fraco



Não, não são (só) os meus joelhos. É a minha garganta. Parece que todas as constipações que existem no Mundo podem atacar a minha garganta. O que, para alguém que gosta de andar de t-shirt, de correr por florestas e de subir montanhas, pode ser problemático...


A minha últma descoberta, os buffs. Vamos ver se provam...

domingo, janeiro 11, 2009

Sábado, 10 de Janeiro









Estava um bocadinho de frio a mais para ir correr de calções pela praia... e apetecia-me montanha e floresta... e nada de carros!

Se é verdade que os automóveis revolucionaram o Mundo em que vivemos (viva o transporte individual para longas distâncias!!!), também é verdade que tiram o prazer do contacto directo, dos cheiros e ventos da natureza, do som dos pássaros, da sensação de pisar diversos tipos de terreno, da descoberta de que cada metro pode ser diferente do anterior. E, se tens um pequeno paraíso sob a forma de uma montanha às portas de casa, porque razão a deves percorrer de carro e não a pé?






Por isso, no Sábado, às 10h da manhã (queria que tivesse sido mais cedo, mas, como não pus o despertador...), estacionei o carro na entrada principal do Campo da Pedra Amarela, agarrei na mochila de montanha, vesti o buff no pescoço (sim, é o meu ponto fraco para constipações), abri o mapa (fotografias aéreas do Google Earth), liguei o clássico Geko e pus-me a caminho da primeira cache do dia. A Diamond Age.






Fugi do alcatrão o mais rapidamente que pude, e vi-me num estradão que não conhecia, na encosta Sul de Sintra, que me levou por pinhais frondosos, com um céu azul e frio sobre a minha cabeça e um sorriso na cara, até próximo da cache. Depois de uma semana de reuniões, estratégias, campanhas, budgets, era mesmo disto que eu precisava. De estar na 'minha' serra, com a mochila às costas e o GPS na mão - perfeito!!!








As caches foram rapidamente descobertas, nenhuma me levantou problemas de maior. E, nesta manhã de Sol frio, descobri que não é mesmo necessário carro para percorrer Sintra - em pouco mais de 2 horas, fiz 7,5 quilometros e 4 caches, com um bocadinho de 'todo-o-terreno' pedestre pelo meio (sim, inventei um caminho e depois tive que ir a corta-mato, tenho as pernas todas as arranhadas). E pude ir a sítios onde nunca tinha estado, como a omni-presente torre de vigia da Pedra Amarela (que eu tenho a certeza que me reconheceu, de tantas vezes me ter visto lá em baixo) ou um miradouro desconhecido na estrada para a selada dos Capuchos. Enfim, um dia de montanha, ligeiro, mas excelente e revigorante!

quinta-feira, janeiro 01, 2009

A correr no primeiro dia do ano

Correr na manhã de dia 1 é um acontecimento estranho. Para já porque significa que dormiste muito pouco tempo, e que, se calhar, ainda estás meio de ressaca. Depois porque, neste dia, vais realmente encontrando situações caricatas. Desde o grupo de pessoal que estava no multibanco em frente à estação, com ar de quem ainda ia a meio da directa (mas já com umas olheiras!!!), aos restos de garrafas espalhados ainda pelo paredão, aos detritos do lançamento de foguetes no fogo de artifício de Cascais, no pontão da marina, até aos marmanjos de barba rija que, em pleno Janeiro, apesar do frio, da chuva, do nevoeiro e do mar batido, mergulharam no mar de peito feito nas praias da Azarujinha e do Tamariz.

De resto, mais uns bons 8 kms de prazer corrido!