As crónicas do Lynx

Uma colecção de pequenas crónicas dedicadas a uma grande paixão de sempre: Viver essa maravilhosa aventura que é o dia-a-dia!

segunda-feira, maio 31, 2010

2 Cotas

Dos meus primórdios no geocaching, do que sinto mais falta é do Diamantino, aka 2 Cotas. Sinto falta da inteligência e pragmatismo com que abordava as caches, e da forma absolutamente anarquista de se expressar - como ficou provado em 'n' ocasiões. Num Mundo cada vez mais formatado, o homem era uma lufada de ar fresco!

Steve McCurry

Não o conhecia. Quer dizer, só conhecia dele as fotografias "Afghan Girl", publicadas na National Geographic em 1985 e em 2002. Mas, há umas semanas, tive a sorte de me cruzar com uma exposição sobre o seu trabalho, magnífico, a demonstrar a diversidade e a condição humana. Obrigado pelas fotografias fabulosas, pela beleza das imagens e pelos alertas.


domingo, maio 23, 2010

Sábado & Domingo

De volta à orientação! 3 vezes em 5 dias! Uau!


Depois de um treino na quarta-feira, este fim-de-semana foi dedicado aos Campeonatos Nacionais Absolutos - para mim, na categoria livre, a mais difícil, é certo, mas livre ainda assim.

Sábado foi um dia bem durinho. Já se estava à espera e ainda bem que a temperatura desceu uns graus (desculpem veraneantes). Mesmo assim, estavam cerca de 30º! O percurso era de apenas 4,5Kms, mas com uns desníveis impressionantes! Até ao meu quarto ponto, foi sempre a abrir - o problema foi a seguir. Foram cerca de 10 pontos em que a tónica foi que mais do que correr era importante saber descer de forma segura e rápida, trepar (incluíndo autênticos passos de escalada!) e saber escolher o caminho entre falésias e verdes bem fechados! Por vezes, só havia mesmo um caminho e isso reduzia a orientação - havia uma escarpa grande e profunda que tinha que ser ultrapassada subindo por uma linha de água num vale estreito, era o único caminho, o que significava que, quando eu entrei nele, éramos uma fila indiana de 5 espaçados em poucas centenas de metros. Outras vezes era impossível descer sem risco - caí 3 vezes, felizmente sem consequências. Só era realmente possível (para um atleta médio) correr novamente depois da transposição da falésia, quando se chegava ao planalto onde estava instalada a meta. Um sítio relativamente plano, com pontos escondidos atrás de arbustos, feitos a abrir, com a pouca velocidade que ainda me restava! No final, um tempo de 1h40m, e o sétimo lugar em OPT4 - um bom reflexo dos desníveis e da minha lentidão a descer...

Hoje, um percurso mais longo (6,5kms lineares) com muito desnível, mas mais espaçado - hoje já dava para correr. Não era um percurso fácil, cheio de relevos ainda assim pronunciados, com vedações, quintas, casas, hortas, caniçais pelo meio. Enganei-me num número muito razoável de pontos (há meses que não fazia uma prova a sério), tive problemas a correr no meio do capim (já não estou habituado) e devo ter feito um tempo miserável.

Mas adorei! Os dois dias! Foi bom voltar ao meu desporto preferido!

segunda-feira, maio 17, 2010

Correr em Barcelona

Quando corres nunca estás sózinho. Transportas contigo todos os teus pensamentos. Mesmo com Montjuic no fundo da avenida.

segunda-feira, maio 10, 2010

Desnorte

Já me tinha acontecido o mesmo em São Paulo. E agora, em Buenos Aires. O Hemisfério Sul está a dar cabo de mim!


Eu estou habituado a saber sempre de que lado o Sol nasce, onde é o meio-dia, o Sul, o Norte, o mar. Na América Latina, neste Sul da América Latina, o meio-dia é a Norte... e eu fico desnorteado...

Correr em Buenos Aires

Sair do hotel. Virar à direita. Atravessar o parque. Percorrer a avenida grande e suja. Cruzar. Passar os arranha-céus em espelho. Chegar a Puerto Madero. Cruzar ao longo do antigo cais. Atravessar restaurantes, escritórios. Frio outonal, mas não muito. Sou uma das poucas pessoas na manhã de Sábado. Guindastes. Pontes pedonais. Estradas largas vazias. Chegar ao fim. Voltar para trás.

domingo, maio 02, 2010

Espaço, um luxo

Na entrevista ao jornalista-escritor que menciono mais abaixo (sim nao me lembro do nome...) ele fez-me ver uma questão em que nunca pensei.

Na realidade, nos, ocidentais, estamos muito habituados a um autentico luxo - espaço. O espaço que nos permite a nossa privacidade. Aqueles metros quadrados continuamente a nossa volta que criam a nossa zona de conforto. O escritor dizia que se apercebeu disso da pior forma, quando passou 15 dias nas Filipinas, a viajar nas classes económicas dos ferries, a adormecer todas as noites com a cabeça a escassos centímetros de uma perna filipina, depois de um dia de cotoveladas, encontroes e simples encostos de pele com dezenas de pessoas.

A mim, que sinto sempre tanta necessidade do meu espaço, parece-me um bem de primeira necessidade. Mas, para os milhões que vivem em cidades sobrelotadas, sujeitos a movimentar-se permanentemente encostados a alguém, a respirar outra pessoa, a ausência do seu espaço e apenas um habito. Quando me ponho na pele dessas pessoas, dou por mim a pensar quanto estaria disposto a pagar por essa privacidade - e redescubro que vivemos mesmo numa parte rica do Mundo, que temos privilégios simples com que os outros apenas sonham.


-- enviado de dispositivo móvel

Ribatejo


Acabei de passar por cima do Ribatejo. E, do avião, ver o verde das arvores e ervas a espraiarem-se pelas suavemente ondulantes colinas entrecortadas por pequenos ribeiros e pintalgadas aqui e ali pelo branco das casas fez apetecer-me estar ali, sozinho com a natureza, bússola num dedo e mapa na mão, a correr.

-- enviado de dispositivo móvel

sábado, maio 01, 2010

Dia Nacional da Orientação - 1 de Maio

Que prazer, voltar a correr num parque, com um mapa na mão e a bússola no dedo! Foram 25 minutos, de sprint no Parque das Conchas, mas valeu por uma semana inteira de sorrisos!