Dizem que a Holanda é o país das bicicletas. E como é fácil compreendê-los. Um país essencialmente plano (ainda não vi nenhum monte - nem mesmo com 5 metros de altura!), boas infra-estruturas com ciclovias por todo o lado (apesar de as scooters poderem por lá circular - o que é mesmo estranho) e um povo altamente respeitador das normas de trânsito facilitam (e muito) o transporte de bicicleta. Por isso, é ver os holandeses a pedalar alegremente para ir a todo o lado - jantar, dar um passeio, ir às compras, trabalhar,... E, por isso, claro que eu tinha que fazer o mesmo!
Uma colega e amiga minha arranjou-nos os cartões para o aluguer - que são debitados directamente na conta dela. Depois, fomos ao posto oficial de aluguer ao lado da estação e escolhemos as nossas bicicletas - que são bem estranhas para mim! Em lugar da minha habitual BTT, tinha uma bicicleta com quadro clássico, guiador à Harley Davidson e... sem travões! Pois é, os travões são no pedal - tem que se pedalar para trás, para travar, o que, confesso, torna a arte de travar forte bem mais complicada. E... é contra todos os meus instintos dos últimos 30 anos! Ou seja... hoje pedalei com muito cuidado, devagar e sem grandes acrobacias...
Acho que a grande aventura do dia (para além de ter demorado algum tempo a dominar a arte de usar o cadeado destas bicicletas, que é um pouco diferente do que estou habituado) foi o regresso, sob uma chuva intensa e fria, à noite. Estava a chover de tal maneira que a água acumulada nos meus óculos me impedia de ver minimamente para a frente em condições - e, aí, tive que usar a arte de seguir a bicicleta da frente e confiar que ia tudo correr bem... Confesso que já tive melhores experiências...