GeoPhotoWalk - Uma ronda pelos Valmor

Era um projecto que já tinha há algum tempo. Organizar uma volta por alguns dos mais belos edifícios do Século XX lisboeta, vagueando por entre os premiados por esse prémio mítico que é o Valmor. Acho que fiz um bom trabalho de casa, elegendo uma rota pela Avenida da Liberdade, Rua Calisto, Avenida Fontes Pereira de Melo e da República, e que tinha uma boa mistura arquitectónica - desde jóias neo-românticas a edifícios modernos dos anos 80 e 90, prédios do Estado Novo. Mas, o tempo estragou-me os planos! Nunca tinha pensado que tivesse tão pouca gente num evento - éramos 3! E, mesmo assim, considerando a chuvada que se abatia, considero-me um sortudo - afinal, não só as SLRs se dão muito mal com a água, como o tempo cinzento não ajuda nada a boas fotografias.

Mesmo assim, foi um bom evento! Acho que o percurso (que começou no Palácio Mayer, mais famoso pelo seu parque, que foi o primeiro Prémio Valmor e acabou no segundo prémio Valmor, o Palacete Ventura Terra que foi a sede do Clube dos Empresários) permitiu olhar de uma maneira diferente espaços que todos nós frequentamos diariamente - e em que não reparamos nos autênticos monumentos ao quotidiano que nos rodeiam. Os prémios Valmor que existem em Lisboa são testemunhos vivos da estética da cidade, daquilo a que chamámos (e chamamos) "belo". Por isso, a caminhada pela chuva, o abrigar da máquina, o "tiro" rápido, com pouco tempo, a fuga das poças de água nas ruas, valeu tudo a pena. Ah! E muito obrigado à excelente companhia do Zé Ribeiro e do FTav! Tornaram tudo um pouco mais divertido!

Kryptonite

Pois é... Acabei por não ir à meia maratona...

Tudo planeado, um bom plano de treino nos últimos dois meses (apesar de não o ter seguido exactamente à risca), amigos com quem correr. E uma intoxicação alimentar na sexta à noite, no lounge de Business Class da Star Alliance no aeroporto de Heathrow (se ainda fosse numa roulotte no Estádio da Luz, confesso que aceitava melhor)!

Pois é! Passei o dia de ontem sem energia e... bom... a fazer corridas constantes a uma parte da minha casa... A decisão foi fácil.

Hoje estou bem melhor, mas, duvido que conseguisse correr sequer 5 quilómetros...

Este anúncio faz-me ficar suspenso no ar

A meia-maratona vai ser interessante

Depois de 2 semanas a correr com cerca de 0 graus, já devia saber o resultado. Corri hoje 12 ks em casa, no meu percurso habitual, e o calor e a humidade mataram-me. Tenho mais uma semana em Londres e, depois, algo me diz que a meia-maratona vai ser interessante...


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O que o meu braço sabe sobre ténis

Tenho pensado um pouco nisto. Nos automatismos que o nosso corpo ganha com o tempo. Em fazer certos gestos para os quais foi treinado, de tal forma que o nosso cérebro parece não ter influência neles. Andar de bicicleta é um deles. Assim como correr. Ou jogar ténis.

Na realidade, muitas vezes, pergunto-me quem sabe mais sobre a minha direita no ténis - eu ou o meu braço. É um movimento que ele faz naturalmente, sem pedir autorização ao resto do corpo - o que é ainda mais estranho, porque a minha direita não é um movimento apenas do braço, mas de todo o corpo, que se coordena com ele. A bola vem, os meus pés movimentam-se, o tronco roda, braço atrás e, depois, num preciso momento, numa localização específica da bola, todo o meu corpo se solta, o braço bem de trás num arco, a bola vai, exactamente para o único pensamento que o meu cérebro teve - onde a colocar. Tudo o resto foi automático. Na realidade, se me pedirem, nem consigo descrever o movimento em pormenor - é assim e pronto! E é melhor nem tentar pensar muito nisso, porque se o cérebro pensa demais, interfere com o movimento e as coisas correm mal...

Por isso, cada vez mais penso que é impressionante o que meu braço sabe sobre ténis - muito mais do que eu sei!