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Uma tatuagem inspiradora

Stanislas Wawrinka ganhou hoje um torneio do Grand Slam pela primeira vez na sua vida, aos 28 anos (o que confirmou o que já se sabia, que grandes conquistas acontecem a quem ganha o Estoril Open). E essa tenacidade acaba por fazer juz à tatuagem que tem no braço esquerdo, um elogio à perseverança por Samuel Becket:

"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better"

Mais um grande jogo de uma rivalidade à escala global...

... e os protagonistas apenas trocam elogios antes do jogo. E é assim 52 semanas por ano, há pelo menos 10 anos. Se todos os desportos pudessem aprender com o ténis...

Correr em schaffhausen

Sair da praça, por apertadas ruas medievais, correr em frente, sob um céu de chumbo, cruzar o Reno, perguntar se aquele e o caminho certo, correr, chegar a represa, atravessar, subir, desviar-me de uma bicicleta, entrar pelo aglomerado de casas, chegar.




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As cidades onde ninguém anda

São José e los angeles fizeram-me confusão. Não são cidades construídas para uma das mais básicas funções humanas - andar!

Já estive em cidades em que pouca gente anda - nomeadamente na América latina ou sudoeste asiático. Mas isso acontece porque as cidades são perigosas, as infra-estruturas semi-destruídas ou ambas. São José e los angeles são diferentes - foram construídas a pensar no carro. E penso que são o exemplo da maioria das cidades norte-americanas - nova york e uma clara excepção.

Devo dizer que não me adaptei. Queria ir ao cinema, precisava de carro. Queria tomar algo, precisava do carro. Queria caminhar, precisava do carro! Não estou habituado! E que eu, ao contrário da maioria dos americanos, gosto de andar! E algo essencial para mim!


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“As pessoas certas na hora errada”

Um relato impressionantemente forte.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/nunca-me-passaria-pela-cabeca-perderassim-um-filho-levado-por-uma-onda-1619665

Big Sur

E ali estava eu, a guiar numa das mais míticas estradas do Mundo - a "One" (California State Route 1", entre Carmel (uma pequena cidade verdadeiramente deliciosa) e San Luis Obispo. Uma estrada com paisagens constantemente magníficas, a bordejar o Pacífico, constantemente a subir e a descer falésias, procurando lobos marinhos e (quiçá se fosse bafejado pela sorte) uma baleia no horizonte, enquanto me entretinha com um percurso bem sinuoso, que parecia desenhado para o prazer de condução - se não fosse o carro de mudanças automáticas e os meus sogros no banco de trás. Adiante! 

Foi uma experiência magnífica, deleitar-me com a estrada, a deixar o significado de "grandes espaços" ganhar um outro sentido, que se estende por mais de 100 quilómetros de montanha junto ao mar. Uma experiência pontuada das tradicionais paragens para fotografias (incluíndo uma dupla paragem para a Bixby Creek Bridge, porque... afinal não era a primeira ponte que fotografámos), e uma pontinha de, primeiro inveja e depois preocupação, pelos ciclistas que faziam aquele trecho de costa sozinhos, no meio do trânsito intenso de fim-de-semana de Natal. E pela sensação de alívio que foi encontrar um pequeno café de meio da estrada depois de dezenas quilómetros sem ver nenhuma construção, no meio da noite cerrada (alívio, acredite-se, no mais físico sentido da palavra).

Foi uma experiência fabulosa - e que de bom grado repetiria, para ver se os meus sentidos recordaram cada centímetro da estrada fidedignamente.

O que o medo de mudar acaba por fazer

O del potro nunca quis trocar de raquete depois da sua vitória no us open de 2009. Sentia-se bem com a raquete, até lhe tinha dado sorte. Entretanto, a wilson, o seu patrocinador, deixou de fabricar o modelo em causa e ofereceu-lhe sempre varias alternativas - nunca mudou. Por isso, o del potro foi sempre jogando com as raquetes que tinha em stock, cuidando delas com um desvelo impressionante. Mas isso não e o suficiente para um profissional - há 2 anos, o del potro já só tinha 4 raquetes (comparado com as 7 ou 8 que cada jogador leva para dentro do campo e que vão sendo, aliás, trocadas de encontro a encontro). Agora, vai ter mesmo que mudar - já só tem duas!!! Mas gostava de saber como e que ele vai jogar um grand slam só com duas raquetes, sabendo como a tensão das cordas varia com as pancadas e um grand slam e a melhor de 5 sets...


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1000

A milésima cache encontrada foi um número que simplesmente veio. Não foi planeado. Nunca apontei para fazer nada de especial para assinalar essa efeméride pessoal. E, no entanto, à medida que, lentamente, o número redondo se aproximava, fui sentindo uma pressão interior, uma necessidade de fazer uma milésima cache que significasse algo, que fosse apenas mais uma urbana, que assinalava um qualquer facto desconhecido, mas que, muito sinceramente, também me era de fraca relevância. Precisava de fazer algo com Sol na cara, uma paisagem arrebatadora, um local onde apenas estivesse uma vez e que me ajudasse para sempre a lembrar não só da milésima, mas também de todos os locais magníficos e lições que as outras 999 me tinham proporcionado.

Mas encontrar essa cache era um problema. Convenhamos, as minhas saídas para o campo ou montanha, à procura de caches, ficaram para trás há algum tempo - na realidade, há cerca de quatro anos, quando comecei uma posição que me obrigava a viajar muito e a passar muito tempo fora de Portugal; e, desde que me estabeleci na Holanda, os fins-de-semana têm sido sobretudo passados a montar móveis e quejandos.

Mas a minha viagem de Natal, para visitar a família da minha mulher, acabou por proporcionar uma oportunidade única. Um local que me permitiria falar do presente, do que via à minha frente, e, também, estabelecer um elo com quem eu sou, com as minhas raízes. Numa paisagem magnífica, frente a uma obra inspiradora, que aproxima pessoas. Com uma história para contar, com ciência para aprender. E, foi por isso que, no dia de Natal de 2013, encontrei uma magnífica Earthcache em São Francisco, com o Golden Gate e a sua ponte à minha frente, rodeado de pessoas de todo o Mundo a deleitarem-se com o espectáculo da bela interacção entre Natureza e Homem.

Venham mais mil!

http://www.geocaching.com/seek/log.aspx?LUID=1ac713ea-3483-4a10-83d0-a0dba3315bd9

Villa montalvo

Villa montalvo e um pequeno rancho na encosta das montanhas que circundam silicon valley. A propriedade inclui um bonito palacete transformado em museu e algumas casas, transformadas em mecenaticas residências para artistas - que, depois, contribuem com peças e instalações para a propriedade. E inclui também um arboretum aberto ao público, com caminhos que nos permitem explorar a floresta de carvalhos e saborear as vistas do vale de São José. E foi exactamente isso que eu e a JK fizemos, lançando as sementes para voltarmos a fazer hiking em conjunto (seja o percurso maior ou menor).




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