Quadruplo objectivo
E pronto! Em Março cumpri todos os meus objectivos de actividades. Na verdade, superei-os. 100kms a correr, 100kms de bicicleta, 10kms de passeios a caminhar com a Jully e a Carolina, 10h de musculação. Soube muito bem
Uma colecção de pequenas crónicas dedicadas a uma grande paixão de sempre: Viver essa maravilhosa aventura que é o dia-a-dia!
E pronto! Em Março cumpri todos os meus objectivos de actividades. Na verdade, superei-os. 100kms a correr, 100kms de bicicleta, 10kms de passeios a caminhar com a Jully e a Carolina, 10h de musculação. Soube muito bem
E pronto! Ao fim de quase um ano, eis que a ciclovia na Avenida da República (Alcoitão) está praticamente pronta, basicamente à espera de ser inaugurada. Fui percorre-la esta manhã e gostei (óbvio), porque a acho um bom começo. Mas, tem três problemas relativamente graves:
1) É uma ciclovia partilhada!!! Ou seja, combina tráfego pedonal e ciclista, o que põe em causa a segurança dos dois. É um anacronismo que se aceitaria há 30 anos - hoje em dia é inadmíssivel. Como atenuante, acredito que não exista muita gente que vá passear o carrinho de bebé para a margem de uma auto-estrada, sem cenicidade. Mas o princípio é perigoso, e é terrível pensar que uma via ciclável estruturante da mobilidade suave no concelho tenha sido pensada desta forma.
2) A ciclovia atravessa uma rotunda importante, com trânsito considerável nos quatro sentidos. Mas... a ciclovia não existe nessa rotunda - ou seja, cessa de existir uns metros à frente, obrigando os ciclistas a irem para a estrada para a atravessar. Exactamente na altura em que os ciclistas mais precisam de proteção, esta desaparece. Idealmente teria sido garantida a continuidade da ciclovia contornando a rotunda e com semáforos.
3) A ciclovia não está ligada a uma rede ciclável da Rotunda Condes de Barcelona para baixo. Ou seja, está isolada, e não garante a continuidade, o que coloca em causa a sua funcionalidade.
Ou seja, apesar de estar contente com mais uma ciclovia em Cascais (e nós sabemos como elas escasseiam no concelho e não parecem ter um plano), confesso que me sinto desiludido.
Hoje é Dia do Pai. E, por isso, gostava de deixar uma pequena vénia, de admiração, respeito, por Dick Hoyt, que faleceu há uns dias, aos 80 anos. Dick era parte de uma equipa de corrida chamada Hoyt Team - constituída por ele próprio e pelo filho (Rick), que tinha paralisia cerebral. Por isso, nas centenas (milhares?) de provas de corrida e triatlo (incluíndo incontáveis maratonas e 6 ironman), Dick empurrava uma cadeira de rodas (por vezes um barco) especialmente preparado para transportar Rick - algo que dava um inquestionável prazer a Rick.
No fundo, Dick era um homem que queria fazer o filho feliz. E que o mostrou puxando os seus próprios limites vezes incontáveis, criando uma ligação especial em circunstâncias dificeis. E que, assim, mostrou uma grandiosidade transcendental.
Soube da existência desta equipa há alguns anos atrás, ao ver uma reportagem sobre ironman - e fiquei de boca aberta. A minha homenagem (singela) a Dick e um abraço a Rick. São enormes entre os maiores e uma inspiração para todos.
https://www.runnersworld.com/runners-stories/a35866273/dick-hoyt-legendary-boston-runner-dies-80/
"Quando o Sol nascer /
E não chover /
É hora de ir correr".
O meu mau poema desta manhã. Mas totalmente verdadeiro no dia de hoje.
O ano que passou foi duro. Na verdade, foi duro para toda a gente. Passámos uma parte substancial do ano em casa, fechados com a nossa família, a procurar protegê-la enquanto geríamos a nossa estabilidade mental e emocional. Tive a sorte de estar fechado com a Jully e a Carolina - não podia desejar melhor. Os meus pais e o meu irmão, os meus sogros e cunhadas, todos nos protegemos - e isso também deu paz à alma.
Mas, não nos iludamos, foi um ano duro. Desde a experiência directa que durou cerca de 3 semanas, felizmente, muito suaves, mas com restrições importantes a possíveis saídas de casa. Não podermos ir visitar os pais da Jully. Gerir o desenvolvimento da Carolina - na verdade, procurar potencia-lo. Desenvolver o meu negócio de consultoria, sempre com um olho nos fluxos de caixa. Procurar ser feliz e trazer felicidade à minha volta. Foi duro. Às vezes, foi muito duro.
Ganhei novos hábitos. Os meus minutos de exercício físico todas as manhãs. assim que acordo. Voltar a ler mais. Descobrir novos percursos de corrida e bicicleta centrados aqui em casa (até porque não posso ir muito mais longe). Procurar percursos com o mínimo de pessoas possíveis. Procurar, ao mesmo tempo, estar próximo das pessoas estando longe, com a tecnologia. Descobrir que há pessoas boas que são ainda melhores e uma esperança boa para o Mundo.
44 significa um novo ano. Os desafios para este ano não são muito diferentes. Zelar pela segurança, bem-estar e desenvolvimento dos meus. Continuar saudável. Estar presente. Que seja um excelente ano, cheio de boas surpresas e novidades, de afectos e abraços. Que a JK e a CK possam voltar a ver os pais da JK - isso seria muito bom. Que os meus pais fiquem saudáveis e bem - isso seria muito bom. Falamos daqui a um ano - por enquanto, sinto-me carregado de esperança.