As crónicas do Lynx

Uma colecção de pequenas crónicas dedicadas a uma grande paixão de sempre: Viver essa maravilhosa aventura que é o dia-a-dia!

quarta-feira, novembro 28, 2012

Visibilidade


Com as noites longas e escuras (e frias) de Inverno, correr à noite torna-se algo banal. Mas, e se correr no Paredão ao pé de casa não implica assim cuidados tão especiais, correr numa cidade como Roterdão é um pouco diferente. Há que garantir que, enquanto corremos, não somos atropelados por carros, bicicletas e... eléctricos! Ou seja, esta noite, quando fui fazer 4.5Ks rápidos, acabei por vestir uma t-shirt fluorescente sobre o casaco de corrida - para garantir que tinha a visibilidade de um pequeno anúncio ambulante de neon de Las Vegas...

sábado, novembro 24, 2012

Treino combinado mesmo ao pé de casa

E ontem decidi incluir uma secção de treino de orientação na minha corrida de fim de tarde. Agarrei no mapa de Cascais + Gandarinha e... lá fui eu!

Comecei por correr os habituais 2 kms do Paredão até Cascais mas, quando lá cheguei, em vez de continuar para o meu percurso habitual (ou de voltar para trás para completar os 4kms em velocidade), calculei mentalmente um número aleatório, olhei para o mapa e voei para ele. Depois outro e outro, passando pelas pessoas que faziam a sua Vida habitual na vila. Depois encaminhei-me para o Parque da Gandarinha e, com este mapa na mão, voltei a fazer a mesma coisa para aqueles pontos - e, se os dois primeiros eram bem próximos (a 50m um do outro...), o terceiro, apesar de fácil, levou-me a cruzar o mapa todo. Para último ponto, escolhi um no meio da vila (mais uma vez, aleatório, via cálculo mental). Depois... bom, depois, foi voltar a fazer os 3 Kms até casa, via Paredão.

Um bom treino, a combinar corrida e um pouco de (fácil) orientação!

sexta-feira, novembro 23, 2012

Obrigado Eva!

Alguém quer ir treinar um pouco de orientação de alta competição ao Alto Alentejo, em percursos preparados por uma das melhores desportistas no Mundo, Eva Jurenikova?

P.S- Para quem não sabe, os melhores orientistas do Mundo adoram Portugal, pela qualidade e diversidade de terrenos numa área curta e... por poderem treinar no Inverno sem receio da neve!

quarta-feira, novembro 21, 2012

Correr em Roterdão

Ontem à noite tive um prazer inesperado. A minha colega / amiga Karin, holandesa de gema, a viver em Roterdão, convidou-me (a mim e ao resto da equipa) para continuarmos as nossas corridas de Londres - mas, desta vez, à noite, antes de jantar, e em Roterdão, para me mostrar a cidade. Assim, tive direito a visita guiada e a um treino acompanhado!

Foram 5,5Ks pela cidade, passando pelo edifício da Câmara Municipal (um dos poucos que sobreviveu aos bombardeamentos da Segunda Guerra Mundial), salas de concertos, restaurantes e bares (incluíndo as indicações - "aquele é só mesmo para irem ao final da noite, se não tiverem mais alternativas"), museus (o Marítimo, o Spido,...), estátuas, obras fabulosas de arquitectura, o cabeleireiro da Karin, a estação de metro que apanhamos para ir e vir do escritório (onde largámos todos os nossos companheiros de corrida, ao fim de 3 quilómetros),... Só parámos e voltámos para trás já pertinho dos escritórios, o que me deixou com aquela sensação de "até podia era ir e vir do trabalho todos os dias a correr", mas o portátil às cavalitas é capaz de não dar muito jeito...

Voltámos, mesmo a tempo de jantar (com banho pelo meio, entenda-se). Karin, muito obrigado pela visita guiada! E, quem sabe, ainda me junto para a maratona de Roterdão...

segunda-feira, novembro 19, 2012

Prevenir lesões

Depois de meses e meses intensos de corrida, urgia parar. Na realidade, a corrida do Jamor já foi feita a tentar debelar uma dor bem incómoda na perna esquerda, no músculo, lá em baixo, acima do calcanhar. Claramente, o meu corpo estava a dizer-me para parar e descansar - estava a ter os primeiros sintomas de uma lesão de esforço. E, por isso, parei.

E fiz bem! Depois de uma semana de descanso, voltei a fazer 4 quilómetros, a correr, só para aquecer (depois de uma volta de 9kms a andar por Monsanto...). Não tive o mais pequeno problema, a mais pequena dor - ou seja... é altura de recomeçar os treinos!

domingo, novembro 18, 2012

Corre Jamor

9kms de lama no Domingo de São Martinho - bom para correr! Na realidade, esta corrida já começou a ser um clássico do meu calendário de corridas - uma pequena prova de trail, de 9 kms, no Jamor, com subidas, descidas, asfalto, terra, lama e, no final, a volta à pista olímpica de tartan. Este ano, e mais uma vez, com boa companhia, que puxou (e bem!) por mim - acabei por fazer um tempo bem melhor que as minhas expectativas. Mas isso não foi o mais importante - o melhor é que, realmente, adorei a corrida. Uma vez mais! Vemo-nos para o ano!

domingo, novembro 11, 2012

Adeus

O que dizer deste evento? Às vezes penso no que deveria dizer sobre um punhado de pessoas que acenam a carros a meio da noite, em Lisboa. Como loucos. Mas dizem que a definição de loucura acaba quando existe pelo menos alguém no Mundo que nos compreenda e, para além de nenhum de nós estar sozinho, o que é certo, é que há sempre carros que respondem, pessoas que acenam, fazem sinais de luzes, buzinam. 

Não, não é loucos que somos. Há ali uma celebração de algo especial. De uma chama de vida, de criatividade, que criou um pouco de calor no meio da frieza e solidão de uma grande cidade. De uma pessoa que criou raízes tão fundas que ainda hoje se sentem, porque cortaram o frio da noite e geraram acenos, gestos, palavras, conversas, olhares de reconhecimento, de carinho, afectos humanos.

É isso que é este evento. É uma celebração da vida. Das conversas que alguém estabeleceu na noite escura com uma multidão de anónimos que o conheciam perfeitamente. E, por isso, se podemos dizer que estamos ali a recordar o Senhor João, gosto de pensar que, através dele, estamos a recordar a nossa própria Humanidade e a de quem anonimamente nos rodeia.

Obrigado!


http://www.geocaching.com/seek/log.aspx?ID=3235336



Equipa técnica

Ontem, na prova de orientação do Campeonato Nacional Urbano que decorreu em Cascais, dei um novo passo - estreei-me como membro da equipa técnica de um evento oficial de orientação. Já o tinha feito antes, mas, em provas não-oficiais. Desta vez, fui um dos que andou aos pares a colocar os pontos no terreno, assegurando que batiam certo com as marcações no mapa, a colocar e activar bases de orientação, a garantir que estava tudo ok de um ponto de vista... técnico - uma responsabilidade terrível. Mas, a verdade é que estava tudo pensado para garantir que tudo corria pelo melhor - as equipas vão sempre aos pares (para que discutam se houver dúvidas - e note-se que a mim, um novato, emparelharam-me com um dos mais experientes e sólidos orientistas nacionais) colocar as balizas e os alicates numa área e, depois, colocam as bases nas balizas noutra área (ou seja, verificam se concordam com a colocação da outra equipa), activando-as (com os dois chips, para, mais uma vez mitigar o risco de avarias ou esquecimentos). Resultado: apesar de ser trabalho duro (a equipa técnica é a primeira no terreno e a última a sair, e estamos sempre a "carregar" com coisas - balizas, bases, cavaletes,...) e bem responsável, adorei!

quinta-feira, novembro 08, 2012

Sem palavras

Como é possível olhar para esta imagem e não ficar logo sem palavras, extasiado pela sua beleza, impressionado pelos mistérios que o Céu esconde. É nestas alturas que percebemos mesmo como somos pequenos, gigantes num grão de areia num espaço infinito.

Fotografia de Miloslav Druckmuller, para a National Geographic em http://ngm.nationalgeographic.com/2011/12/magellanic-clouds/magellanic-clouds-photography?utm_source=Twitter&utm_medium=Social&utm_content=link_tw20121107ngm-galaxysurvive&utm_campaign=Content


terça-feira, novembro 06, 2012

Como impedir que o medo nos gele

Às vezes, em aventuras (sejam elas viagens ou simples e pequenas aventuras de uma tarde), ficamos face a face com os nossos medos - só nós e eles, sózinhos, a olharmo-nos de frente, sem mais ninguém ou nada à volta. São os momentos de parar o coração, de sentir o sangue gelar nas veias. São os momentos em que, temos que fazer a voz da nossa racionalidade abafar os gritos mudos do medo. 

Um blog português (que desconfio que esteja ligado à Papa-Léguas) publicou um curto artigo em que perguntava a clientes de viagens de aventura, quais os seus truques. Podem vê-los em http://adventuretraveljournal.blogspot.pt/2012/11/mantras.html . E recomendar-me um para superar as vertigens - apesar de eu saber que cada pessoa tem que encontrar o seu próprio.

sábado, novembro 03, 2012

Desilusão

Um avião que se atrasou e muita chuva - e pronto, acabei por não ir ao evento de geocaching que se está a desenrolar este fim-de-semana. Enfim, agora, vou ter que arranjar maneira de lá voltar noutra altura...